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Post by moonlance on Dec 30, 2013 15:52:23 GMT -5
Nyx, Virgo, Petkas Por alguma razão desconhecida, as dores de seus corpos iam diminuindo...! Mesmo Virgo, começava a se sentir 'vivo' de novo... Vocês estavam estirados numa clareira verdejante, em meio a vigorosas árvores escuras e retorcidas, esbanjando grande densidade de folhas amarelas, muitas delas generosamente depositadas sobre o gramado e inclusive sobre vocês mesmos...! Quanto tempo estiveram ali deitados...? Não faziam a mínima ideia, mas parecia não ter passado tempo algum entre o momento último em que estavam prisioneiros da morte naquela nefasta caverna, e o atual momento em que podiam respirar aquele ar natural e saboroso, doce para os pulmões... O cheiro refrescante de terra molhada e de polen lembravam-lhes algum lugar muito tranquilo em suas vidas, diferente dos terrores todos em que estiveram envolvidos naquelas últimas horas abomináveis................! Teria tudo aquilo sido um pesadelo..........? É claro que não.... as evidências de suas feridas estavam todas ali, mas vocês não sentiam mais dor nem mesmo muito cansaço físico.............. embora sabiam que precisavam repousar...! Em torno da clareira, havia bosques esparsos, e uma neblina só podia ser vista a maiores distâncias...! O local parecia ser cortado por um caminho que apenas se distinguia no gramado pela presença de esparsas pedrinhas brancas... e parecia haver um caminho ainda mais esguio, num cruzamento transversal - uma rota secundária provavelmente. O que quer que tinha acontecido, vocês agora pareciam estar sãos e salvos...! Um milagre talvez...? Uma leve brisa sacudia seus cabelos e refrescava-lhes os rostos ardentes...!
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Post by suwgamm on Dec 30, 2013 15:58:04 GMT -5
Hahahahahahahahaha- Petkas ria quando percebeu que seus pés tocavam novamente um chão verde e suas narinas inalavam o ar da liberdade, pouco a pouco aquele ser tímido, folgado e bobo voltava ao controle, Deu um giro em torno do seu propio eixo e deitou-se no chão. Seus olhos começavam a fechar vagarosamente, enquanto ele ouvia a voz doce da Nastasha dizendo:
-"Muito Petkas, agora você pode descansar"- Então a corpulenta criatura desmaiou, com um grande sorriso estampado em seu rosto.
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Post by JP Vilela on Dec 30, 2013 17:59:57 GMT -5
O humano olhava em volta, sem entender nada do que acontecia. Por que aquilo? Por que aquilo que ocorreu ocorreu? E por que isso agora? Sentia-se ainda mais enganado, por quem ele não fazia ideia. Agora sentia-se melhor, longe de sua plena saúde, mas não sentia mais perda de sangue. Sentia-se grato por ver o céu mais uma vez, mas o céu de onde? Ashfall? Seria muito otimismo de sua parte pensar que estava em seu país natal. Talvez estivesse morto a final de contas, os três mortos, não resistiram e morreram lá naquela caverna maldita.
Conseguiu sentar-se, e repousou temeroso sua mão direita sobre onde deveria estar seu olho. Aquele pedaço de sua camisa ainda estava lá. Ele resolveu amarrar melhor para ocultar aquela laceração. Não fazia ideia de como estaria parecendo, mas um olho vazado não era nada agradável de se observar.
Ouvia a feliz risada do "Orc Louco" não muito próxima a ele, e fez uma careta. Não queria nem olhar para aquele sujeito.
Olhava em volta mais uma vez, e via a Elfa deitada próxima a onde estava. Checou seu cinto, e sua lâmina estava lá. Com a mão direita tentou arrumar seus cabelos para trás, cabelos e sangue estancado não eram uma boa combinação. Tentou por-se de pé, e mais uma vez surpreso e incrédulo, conseguia o fazer sem sentir que desmoronaria em uma pilha de carne.
Respirou fundo, e aproximou-se até ficar ao lado da feiticeira.
- ...Milady, você está bem? - Perguntou, mas ao ouvir o som da própria voz sentia que seu tom estava naturalmente mais apático e rouco - ...seu.... seu ombro?
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Post by midori on Dec 31, 2013 17:24:18 GMT -5
Vendo o ogro bem e Virgo aparentemente bem também, sentiu-se aliviada. Mas ao perceber que o guerreiro tinha uma faixa cobrindo seu olho, pode imaginar que tipo de dano tinha sofrido. Penalizou-se por não ter conseguido fazer nada para ajudá-lo no ardor da batalha.
- Estou... Meu ombro parece deslocado, mas não sinto mais dor... no entanto... - a elfa toca o rosto do guerreiro. - ... Seu rosto... me desculpe eu não consegui fazer nada pra te salvar... Se não fosse pelo Petkas, acho que não estaríamos vivos... - Nyx puxa a mão de volta, apoiando ela no peito.
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Post by JP Vilela on Dec 31, 2013 19:36:02 GMT -5
Por uma fração de segundo, o humano congelou assim que a mão morna da Elfa encostou em sua pele. Não conseguia olhar em seus olhos.
- Não foi sua culpa... - suspirou - ... ninguém sabia onde estávamos nos metendo.
E agora conseguiu olhar nos olhos da feiticeira.
- Milady, não esperava que você tentasse me salvar daquela coisa lá. Mas estou muito grato que você o fez... eu... eu realmente não esperava que uma senhorita delicada fosse capaz de tanta bravura...
E sem graça liberou suavemente a mão dela sem saber para onde olhar ou como se portar. Mesmo assim, completava seu monólogo:
- Estou lhe devendo, mais uma vez.
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Post by Dona Ursa on Jan 1, 2014 2:23:03 GMT -5
Ao ouvir as vozes, Padma, curiosa e esperançosa em encontrar mais alguém naquele lugar remoto, esgueirou-se com elegância por entre troncos e arbustos que se projetavam entre ela e a fonte de seu interesse. Fez toda a movimentação com o mínimo de barulho possível, habilidade que lhe era permitida pelos anos dedicados à pratica da dança.
Antes de poder enxergar quem estava na clareira com o caminho de pedras já pôde identificar pelo menos três vozes distintas e uma parecia ser de uma mulher. Com a curiosidade liderando o caminho da Apsara, ela logo consegue visualizar, por entre as várias folhas verdes e amareladas, os donos das vozes que ouvira numa espécie de lamentação quase chorosa. Ao ver duas figuras, um homem e uma mulher, um de frente para o outro, se animou. Parecia simples, poderia se intrometer e se apresentar, exatamente como fizera há pouco, mas quando ia dar mais um passo consegiu perceber a terceira figura, deitada no chão. Mas aquilo não era um humano. Não tinha como ser um. E não fora só aquilo que lhe saltou aos olhos. Também percebeu a arma que o homem trazia na cintura e não gostou nada daquilo. Não estava preparada.
Padma acabou por recuar de forma brusca, produzindo, sem querer, um som mais alto ao esbarrar com as costas em um galho robusto, o que provavelmente tinha chamado a atenção dos estranhos.
Deu uma gemida em um tom muito baixo ao ver o que tinha feito.
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Post by moonlance on Jan 1, 2014 13:23:21 GMT -5
Virgo, Petkas Vocês ouvem um súbito ruído de folhagem densa sendo amassado, e vocês olham para a direita, em direção a um dos grandes caminhos: a alameda que se abria com uma estradinha de cascalho esparso. Havia uma figura humanoide se encostando proximamente às árvores laterais a direita do caminho; árvores eretas, regularmente plantadas; a vegetação impedia que vocês a identificassem devidamente.
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Post by moonlance on Jan 1, 2014 13:30:13 GMT -5
Todos Mas, pouco antes daquele evento, outra coisa ocorrera: Nyx, que estava agora de pé, segurando o ombro e com certo receio, ficara um pouco alarmada...! Ela tinha dito algo como: - Mas... espere...! Afinal......Ela parecia falar consigo mesma; vocês notam então que ela retira rapidamente a presilha de estrela de seus longos cabelos...! Aquele objeto kitch estava se mexendo sozinho em sua mão, com um fraco brilho alaranjado...!! E o pior de tudo............. falava - com uma irritante voz estridente de criança: - Hah!! Vocês vão ficar plantados aqui a tarde toda, é...?? Tudo bem! Mas eu tenho que levar esta tola para um lugar em que possa ser devidamente tratada...! Já viram o braço dela?? Parece uma geleia!! Bom...! Vocês, se virem aqui então, tá...?! Até mais...!........... Nyx abria a boca para dizer algo do tipo "Espera!", mas não teve tempo nem de emitir um som: de repente, a feiticeira Elfa desaparecia na frente de seus olhos...!!!........ E não restou mais nenhum indício dela.... exceto a presilha, que caiu ao chão, sem brilho...!
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Post by JP Vilela on Jan 1, 2014 14:43:25 GMT -5
Assim que aquela voz começou a sair da presilha, o humano fez uma careta em reação o som irritante, e em um piscar de olhos, aquela pessoa que estava sendo sua maior aliada até então simplesmente sumiu.
- Mas...
Até aquele ponto o mercenário poderia ter dito que já viu mais coisas impossíveis e inexplicáveis que toda a corja de bêbados, pescadores, viajantes, guardas e mercenários com quem já dividiu histórias bizarras enquanto bebia em sua velha estalagem. Esticou sua mão e tentou apalpar
- Mas... que diabos!? - Esticava a mão para tocar o ar onde a segundos atrás estava a feiticeira - Que truque é esse agora?! Nyx? Nyx!?
E então olhava envolta como que se alguém estivesse o pregando mais uma peça sem graça alguma.
- Nyx?!
E sem resposta alguma, abaixou-se para recolher a presilha da Elfa. A observando um pouco, procurando em vão uma explicação. Tão de repente, ouviu a suspeita movimentação de alguém escondido nas arvores ali por perto. Sem perder termo, guardou a presilha da companheira de infortúnios em um bolsinho de sua aljubeira e repouso sua mão esquerda na maça de sua espada.
- Nyx, é você que está ai? - inquiriu com uma voz bem mais séria, para não dizer, preocupada - Que truque é esse agora?
E enquanto falava caminhava lentamente arrodeando e se aproximando para ganhar visão em quem estivesse ali.
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Post by Dona Ursa on Jan 1, 2014 15:49:41 GMT -5
Ao perceber que um deles tinha lhe avistado e estava se aproximando, Padma, com um movimento horizontal e circular dos braços, tocando delicadamente as palmas das mãos e pontas dos dedos nas folhas e galhos que estavam à sua volta, utilizou um pequeno e simples truque mágico que conhecia graças à sua habilidade em manipular os vegetais. Sons de madeira se esticando e contorcendo e folhas se agitando no vento puderam ser ouvidas se repetirem várias vezes na direção dela. Os galhos começaram a espichar, contorcer e se entrelaçar, tornando o caminho pelo qual passara muito estreito para que um humano conseguisse usar.
Mesmo que ela tivera obstruído o caminho, Padma ainda assim parou para observar o que o vulto do outro lado iria fazer.
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Post by JP Vilela on Jan 1, 2014 16:05:43 GMT -5
O humano suspirou, ao ver que as arvores estavam agora se mexendo e... bloqueando seu caminho? Claro, por que não? Era o que faltava.
- Claro que não é você... - falou consigo mesmo em um tom mais baixo.
Parou ali e pensou alguns instantes. Não seria muito difícil tentar cortar tudo aquilo, mas seja lá quem fez aquele truque, não queria conversa com ele, aparentemente. Chegou a sacar alguns centímetros de sua lâmina, mas quando pensou melhor, a guardou novamente.
Olhou para trás e viu o "Orc Louco" lá atras ainda deitado, pelo menos ele poderia se ver livre daquele sujeito, ainda assim sentia a vontade de o dar uma surra. Mas fora essas coisas, seu objetivo principal agora era saber aonde estaria Nyx. Não sabia onde estava, nem como chegaria em casa. Mas esses problemas ele poderia resolver depois. Coçou o queixo e continuou a observar as arvores e quem se escondia lá dentro.
- Quem é que está ai? - por que ainda estava perguntando? Era óbvio que não responderiam. - Olhe, não quero problemas... se... se você preferir, pode me responder dai de trás mesmo. - completou ouvindo o que dizia e o quanto bobo soava falando aquilo.
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Post by moonlance on Jan 1, 2014 16:18:58 GMT -5
Virgo Tratando do assunto de Nyx, você raciocina consigo mesmo que, pelo costume já de ouvir vozes esganadas de origem mágica - sempre relacionadas à Magia de Nyx, e pelo teor da fala que aquela...... 'presilha falante' tivera momentos atrás -, seria provável que o desaparecimento súbito da feiticeira Elfa estaria ligado a seus próprios poderes místicos... o que de certa forma lhe reconforta... Talvez até, aquele belo bosque em que estavam metidos, era alguma espécie de ambiente natural... de Elfos? Florestas encantadas talvez...? Lhe ocorre a ideia de que Nyx não estaria mais em apuros, e algo estranho lhe diz em sua mente que não vai tardar a encontrá-la de novo, e melhor do que antes estivera...! Era uma sensação estranha, mas você se sentia melhor, naquele lugar, aliviado... Ainda que soubesse que tudo ainda estava para resolver...! Exceto, quem sabe, o fato de vocês precisarem sair daquela maldita caverna...! Você não tem tempo de pensar em Aurora e o destino que teve, e tampouco o destino dos 2 outros companheiros... Agora, você se dedicava a descobrir quem é que estava ali.
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Post by Dona Ursa on Jan 1, 2014 16:21:48 GMT -5
- Por que você tem uma espada? - perguntou em um tom acuado enquanto a voz parecia falhar como se estivesse e meio ao choro - N-não gosto de espadas. - parecia a bela e suave voz de uma moça muito assustada e perdida, exceto que Padma estava rindo consigo mesma enquanto ainda não podia ser vista, oculta pelos diversos galhos e ramos que se entrelaçaram em sua frente, apenas encenando seu ato infalível.
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Post by JP Vilela on Jan 1, 2014 16:35:23 GMT -5
Ao ouvir uma voz feminina, o agora caolho relaxou um pouco, era raro dar de cara com mulheres má intencionadas... e as vezes que deu, conseguiu facilmente lidar com a situação por ser muito mais forte que elas. A não ser que essa pessoa lá atrás fosse uma feiticeira como a Nyx... e pelo que ela fez com as plantas, parecia o mais provável.
- Tenho uma espada... por que... hhumm - pensava em dar uma resposta filosófica para aquela pergunta... algo longo, demorado... mas acabou falando a primeira coisa que veio a sua mente - Por que com uma minha vida fica mais fácil. - respondeu enquanto acenava com a cabeça pare si mesmo, "é francamente... essa é uma boa resposta".
- Geralmente poucas pessoas gostam... ainda por cima vendo alguém como eu em posse de uma. Mas de onde venho, você se protege melhor do aço de uma lamina, com outra lamina de preferência mais afiada... - Por que estava se explicando para uma completa estranha? - Que lugar é esse?
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Post by Dona Ursa on Jan 1, 2014 16:48:28 GMT -5
- Eu não gosto da sua resposta. - explicou em um tom mais tranquilizado do que antes, embora ainda com palavras trêmulas e inseguras. - Mas é justo que, em troca dela eu responda sua questão.
Fez uma pausa de alguns segundos, ficando em silêncio e olhando em volta, para as árvores em sua volta. Sabendo que. na verdade, nada sabia sobre o local em que estava. Então, aquelas pessoas também não sabiam? Assim seria difícil encontrar um vilarejo, se ninguém que encontrasse poderia lhe dar alguma direção. Resolveu responder com o que sabia e, antes de voltar a falar, suspirou ruidosamente, um som que lhe aparentava atribuir cansaço.
-Um jardim. Um penhasco. Um bosque. Todos. Ou nenhum. Eu não sei que lugar é este. - lamentou, sacudindo a cabeça em negação
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