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Post by moonlance on Jan 1, 2014 22:43:35 GMT -5
Virgo Aos arredores da clareira, havia árvores mais altas e possivelmente mais simples de escalar; em particular, as mesmas que se encontravam no local em que tinha surgido agora a figura feminina - cujo nome lhe era desconhecido ainda. Mas do lado oposto, havia também um matagal bem mais denso e obscuro, provavelmente formado por bambus, alguns muito elevados; mas não parecia ser tão interessante para uma simples escalagem...!
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Post by Dona Ursa on Jan 1, 2014 23:03:02 GMT -5
- Seu... "companheiro orc" parece ter sonhos indescentes. - comentou enquanto observava a criatura que jamais vira antes, interessada e curiosa sobre aquela espécie inédita para ela, embora não fosse nem um pouco atraente para seus olhos.
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Post by JP Vilela on Jan 1, 2014 23:12:55 GMT -5
- Hhumm... que seja. Não gostaria de acordar ele no meio de seus sonhos... Ele poderia ficar bravo. - falava com indiferença na voz.
Assim que localizou uma arvore mais simples e com boa estatura, começou a rumar até ela. Se Nyx estivesse ali, poderia simplesmente pedir para ela fazer algum daqueles feitiços dela e voar até a copa das arvores e achar uma trilha.
- E ele não é meu companheiro. - Dava enfase a tal afirmação.
Sem fazer muita cerimônia retirou a mochila de suas costas e a deixou escorada no tronco da arvore que escolhera escalar. Alguns quilos a menos seriam uma boa vantagem. Não subia em uma árvore a muitos anos, esperava que ainda tivesse o jeito, esperava mais ainda conseguir achar algum ponto de interesse quando chegasse no topo, e não quilômetros e quilômetros inacabáveis de mata.
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Post by Dona Ursa on Jan 1, 2014 23:25:01 GMT -5
- O que está fazendo? - quando percebeu que estava sendo "deixada para trás", como se fosse ficar sozinha com o orc suspeito, Padma afastou-se rapidamente dele e se aproximou da árvore em que o sujeito escalava - - É loucura escalar uma árvore ferido! - exclamou com descontentamento. Não era possível que, na verdade, os dois, humano e orc, eram loucos. Poderia explicar terem tantas feridas, mas com certeza era um grande azar para a Apsara.
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Post by moonlance on Jan 1, 2014 23:29:40 GMT -5
Virgo Você começava a subir pelo tronco vertical de uma grande árvore, não um pinheiro; talvez uma espécie de araucária, em que mais para cima, grandes braços horizontais se abriam para todos os lados, sistematicamente a cada novo metro que escalava; ficava mais fácil subir quanto mais alto ia...! Mas o começo da subida foi bastante difícil, e você se arranhou bastante na dura e disforme casca do vegetal...! Lá do topo - deveria ter subido talvez mais de 20 m...! -, você enxergava...... muitas coisas...! Em primeiro lugar, a névoa aumentava muito e o ar ficava mais rarefeito naquelas alturas... você se sentia tocando nas nuvens...! Embora fossem pouco densas ali. Não confunda, no entanto, aquele tipo de brisa esbranquiçada, com as névoas que presenciara na caverna...! Estas brumas brancas, pareciam leves, suaves e naturais, e não queriam se enroscar toda a hora em você...! Observando 360º o horizonte - você podia -, permitia-lhe compreender o seguinte: daquele lado da clareira em que você adentrou um pequeno mato para subir nesta árvore, havia, logo além, um gigantesco buraco...! um vale se abria por toda aquela faixa a sua frente....! E ao centro do vale, uma imensa floresta...! O vale é recoberto por esparsas brumas......! Mais ao fundo do vale, parecia haver montes cinzentos... apagando-se à distância... aos dois lados do vale, você enxergava.... brumas... ou nuvens... é como se a textura da terra no chão deixasse de ser visível...! Que diabos...! 'Seria aquele um lugar muito elevado?' - você pensa consigo mesmo. Voltando-se para horizonte oposto, você não vê terras baixas, mas terras mais ou menos da mesma altura em que está... Só que não pareciam muito amplas...! Naquele sentido, logo abaixo de você, havia a clareira, mais adiante, a mata densa de bambus, predominantemente...! Pouco além, a mata de bambus terminava, e dava espaço a uma ampla área de gramado verdejante apresentando, em seu limite máximo visível mais ao longe, a uma estrutura... talvez típica de uma casa de madeira escura... e com uma forma meio geométrica...! Além dela, você não via mais nada... só névoas esbranquiçadas...! Voltando-se de novo para a clareira, nos limites do horizonte perceptível a sua esquerda e a sua direita, você via as alamedas organizadas, de cada lado, quase simétricas; certamente alguém ordenou aquela vegetação como uma espécie de jardim natural...! Ao fundo de cada alameda, você parecia enxergar um agrupamento de elevados pinheiros...! E isso era tudo. Você ouvia passarinhos cantando, às alturas; mas não podia ver nenhum.
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Post by JP Vilela on Jan 1, 2014 23:34:30 GMT -5
O humano olhava para o céu procurando pelo sol, tentava calcular que horas do dia deveria ser.
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Post by moonlance on Jan 1, 2014 23:37:10 GMT -5
Virgo Apesar de o céu estar muito claro - quase branco -, ele era homogeneamnete nublado, e você não enxergava nenhum indício do sol...! A única coisa que você poderia inferir, é que deveria ser agora, o meio da tarde...!
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Post by JP Vilela on Jan 1, 2014 23:47:24 GMT -5
Tentou gravar da melhor maneira que pode as direções dos maiores pontos de interesse, o meio do vale e a "casa" além da mata daquelas arvores compridas e estranhas.
- Seria falta de educação lhe pedir para fazer esse tipo de trabalho... senhorita. - Falou, ou gritou lá de cima com mais humor em sua voz.
Decepcionou-se por não encontrar nenhum veio de água, certamente seria bem útil seguir um rio. Depois pensar bem, ele respirou fundo e preparou-se para a decida. Não tinha pressa, e não queria fazer mais arranhões do que aqueles que fez durante a subida. Que sujeito descuidado.
- Vamos com calma Virgo.
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Post by Dona Ursa on Jan 2, 2014 0:03:53 GMT -5
"Eu faria sem sujar minha roupa." - pensou consigo mesma, enquanto cruzava os braços observando a decida dele.
- Mas talvez eu pudesse fazer algo por você. - falou alto para que ele ouvisse lá de cima, tentando não gritar.
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Post by JP Vilela on Jan 2, 2014 9:57:28 GMT -5
E tomando cuidado ia descendo de galho em galho. Aquele esforço físico ia lentamente aumentando a dor que começava a voltar em seu corpo. Principalmente nos braços e no tronco, quando estava mais próximo do chão aonde o espaço entre um galho e outro era maior ele tinha de se pendurar no galho em que estava e deixar-se soltar para cair no galho inferior. Sorte sua que era um razoável equilibrista e que possuía luvas para proteger a palma de suas mãos, muito embora fossem sem dedos, eram de alguma ajuda. Os dedos grossos e calejados do mercenário apenas ficavam doloridos e com poucos arranhões mas a cada impacto de queda sentia o local onde estaria seu olho direito doendo. Não conseguiu segurar alguns gemidos abafados, mas finalmente estava no chão.
Um pouco ofegante olhou para os pés da moça desconhecida e falou:
- Ora, então ... e sou grato senhorita... a maioria das damas com sua delicadeza teriam raiva de mim se as pedisse para... subir uma arvore. Perdão. - mais uma vez, tentava sorrir, muito embora estivesse um tanto relutante de olhar diretamente para aquela linda mulher.
- Esse lugar é bonito... mas é meio estranho. Existe um vale por ali onde há uma floresta bem densa - e apontou para a direção da qual se recordava - E tem um matagal de algum tipo de arvore estranha e fina para aquele lado - se referia ao bambuzal - só que mais adiante desse matagal, tem uma coisa que achei parecida com uma casa. Não seria uma formação natural, era muito geométrica para ser - enquanto falava, buscou sua mochila e com um pouco de dificuldade a colocou nas costas. - Não vi uma estrada, ou algo parecido. O que é uma pena.... Então... senhorita. Para onde quer ir? - inquiriu um tanto curioso.
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Post by Dona Ursa on Jan 2, 2014 11:05:40 GMT -5
Afastou-se um pouco quando o sujeito voltou ao chão. Agora podia sentir o cheiro desagradável do sangue impregnado nas roupas daquele homem. Uma das coisas que menos gostava quando precisava assassinar alguém era o cheiro e as manchas de sangue, por isso sempre tentara concluir a tarefa do modo mais limpo e simples que podia.
Mas disfarçando o nojo que sentia, Padma deu uma fraca e meio disfarçada risadinha, cobrindo os lábios com uma das mãos e virando o rosto em outra direção.
- Subir? Não. Eu não iria subir nesta árvore.
Ouviu o resto do que ele tinha para dizer, mas ficou incomodada com a parte que citava uma casa. Se fosse a mesma casa em que estivera antes não iria querer voltar lá, mas talvez fosse a casa do pintor e isso lhe deixava na dúvida. Pode ser que a casa dele FOSSE a casa em que estivera antes, mas era confuso demais ter ido parar longe dela. Não queria ir, mas tava curiosa em saber se era ou não a mesma casa.
Aquilo que se parece uma casa me soa como a melhor opção agora, me deixa um pouco incomodada a existência de algo tão isolado, mas... Se não há mais nada em volta... - franziu o cenho, pensativa, observando as flores as quais seguira antes.
- Mas espere. É muito rude de minha parte escolher um caminho para o senhor seguir sem ao menos me apresentar antes. Meu nome é Lunara. - fez uma reverência, curvando-se suavemente para frente.
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Post by JP Vilela on Jan 2, 2014 11:30:01 GMT -5
Ao ouvir o que ela tinha a dizer sentiu-se na obrigação de cordialmente se apresentar, muito embora cordialidade não fosse seu ponto mais forte:
- Um prazer agora saber seu nome, senhorita Lunara... sou Virgo DuVirgil, Mercenário de Iladrir, Na província de Ashfall.
E fez uma breve reverência, sem se abaixar muito. Evitava olhar para a moça e isso já estava ficando mais que evidente.
- Algo tão isolado... sim. Realmente é preocupante... uma bruxa pode morar lá. - ria - Principalmente se a casa for feita de doces. - lembrava das histórias que sua mãe o contava quando era criança. - Não se preocupe senhorita Lunara, se uma velha suspeita nos receber lá, daremos meia volta imediatamente. - completava sua piada infame.
Percebia que sua garganta estava seca, quanto de água deveria ter sobrado em seu cantil? Se perguntava enquanto o procurava dentro de sua mochila de viagem.
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Post by Dona Ursa on Jan 2, 2014 12:09:21 GMT -5
- Um mercenário? Eu terei que pagar pela escolta? - ficou realmente preocupada em ter de precisar pagar pelos serviços do ferido - - Eu acho que perdi meu dinheiro no naufrágio... Sou só uma musicista. - percebeu que cometera um pequeno erro ao lembrar-se que estava com todas suas jóias expostas - - Bem, tenho minhas jóias, mas... - não estava disposta a s desfazer de nada do que tinha.
Preferiria ter de matar o mercenário à pagá-lo.
Ignorou a piada do sujeito, a qual poderia ter lhe deixado confusa, já que desconhecia a história, entretanto estava preocupada demais com o pagamento para pensar nisso.
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Post by moonlance on Jan 2, 2014 12:54:12 GMT -5
Virgo Seu cantil estava nas últimas gotas...! E realmente, você estava com bastante sede...! Se pelo menos tivesse visto algum riacho lá de cima da árvore...!
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Post by moonlance on Jan 2, 2014 13:05:07 GMT -5
Virgo, Padma A partir da clareira, havia dois amplos caminhos laterais; na realidade, alamedas ladeadas com tufos de flores brancas e azuis e árvores de troncos claros bastante eretos, e com folhas escuras e distribuídas densamente por patamares bem distintos de galhos. Ao longe de cada alameda, bem ao fundo, o caminho parecia se abrir mais, e viam-se copas borradas de elevados pinheiros...! - Muito provavelmente, os pinheiros altos que Virgo visualizou lá do topo da araucária selvagem. Ambas as alamedas eram essencialmente idênticas, indicando que aquilo provavelmente estava mais para um jardim cultivado, do que uma simples reserva natural a mercê do caos evolutivo; era algo intrigante...! Voltando seus olhos para a clareira, ela não era perfeitamente simétrica; na realidade, era uma espécie de cruzamento, em que os caminhos maiores eram as alamedas numa direção, e havia caminhos menores que cruzavam transversalmente a clareira, e esses caminhos tinham características bem particulares: o caminho 'da frente', se estreitava ainda mais e ia se obscurecendo até se reduzir a uma trilha linear de mato selvagem e sombrio predominantemente de bambus - mas Padma já sabia de todos esses detalhes -, e parecia haver uma série regular de baixas estacas de madeira de cada lado mais ao fundo e - como se fosse um corrimão -, uma negra e pesada corrente presa longeando lateralmente o conjunto de estacas...! Quanto ao caminho oposto - logo atrás da clareira e junto à árvore que Virgo escalara - era uma pequena trilha que parecia se perder rapidamente numa vegetação espessa de árvores grandes e retorcidas, e inclusive as araucárias; mas logo em seguida, olhando um pouco melhor, se abria como que num clarão relativamente bem escondido pela folhagem... Virgo sabia que mais além deveria haver o gigantesco penhasco, que levaria ao grande vale profundo - Padma também esperaria pelo mesmo, pois estivera a pouco tempo lidando com um curioso ser, a beira daquela formação rochosa...!
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