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Post by JP Vilela on Jan 26, 2014 20:51:40 GMT -5
- Ah... por nada. É que não sabia mesmo... - desculpava-se um tanto encabulado com a reação triste da moça, desviando o olhar - ...não... não sei a quanto tempo você está por aqui. Poderia ajudar saber se teria mais pessoas. - Apoiava-se na amurada da fonte tentando ver seu próprio reflexo - Morreremos... mais uma vez, muito provavelmente. - Brincava, mas estava incomodado com aquilo também logo voltava a ficar sério - Talvez devamos voltar ao chalet... tentar achar algum lugar para a senhorita passar a noite, e depois continuamos a explorar no dia seguinte. O que acha?
Inquiria ficando ereto mais uma vez, esperando a resposta da moça.
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Post by Dona Ursa on Jan 26, 2014 21:41:30 GMT -5
- Não brinque com isto. - lhe encarou de modo sério, porém novamente triste, pegou sua grande bolsa que estava apoiada na lateral da fonte e e colocou-a de volta sobre o ombro, levantando-se da fonte e olhando para aquele orc parado tanto tempo na entrada da casa - Há muitas coisas que ainda preciso fazer. Sendo nesta era ou na que estávamos. Não importa, não há mais nada de onde eu vim mesmo.- explicava em um tom quase depressivo. Nem mesmo ela sabia o quanto daquilo que dizia era real e o quanto era só mais encenação do que acabara de dizer - Mas... - cruzou os braços e voltou-se novamente pro mercenário, arqueando uma das sobrancelhas - - Para eu passar a noite? E quanto ao senhor?
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Post by JP Vilela on Jan 26, 2014 22:22:10 GMT -5
Vendo que a moça já havia terminado o que queria fazer naquela fonte, começou a rumar sem pressa de volta a excêntrica edificação. Soltou um riso descontraído com aquela pergunta.
- Ora, senhorita Lunara, estou caindo aos pedaços. Onde eu parar e me recostar, irei dormir sem muita dificuldade. Quanto a você... creio que seja necessário achar um local adequado a vossa... delicadeza... -explicava-se despreocupado.
Uma mulher como aquela definitivamente não se contentaria em dormir em qualquer lugar, nem ele deixaria ela sozinha junto com aquele sujeito "selvagem" sobre o mesmo teto. Para o mercenário, o que tinha acabado de falar era a pura verdade. Já tinha dormido no chão duro várias e várias vezes ao longo da vida então um daqueles sofás casa do Bruxo ao seu olho já eram um conforto digno de realeza.
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Post by moonlance on Jan 26, 2014 22:55:27 GMT -5
Virgo tinha olhado rapidamente seu reflexo na água agitada; tinha visto o brilho da luz da tarde sobre seus olhos...
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Post by Dona Ursa on Jan 27, 2014 10:56:18 GMT -5
Achava um tanto engraçado como Virgo não precisava nem mesmo ser hipnotizado para agir de modo tão prestativo. Ela só precisava agora entender como o sujeito pensava para não ter de utilizar medidas mais complexas.
- Exatamente pelo senhor estar ferido e cansado que precisa de um lugar descente para descansar. - seguia o mercenário andando sempre alguns passos atrás. Parecia mais seguro andar daquela forma - Mas estou muito agradecida que se preocupe de tal modo com minha integridade física. O senhor costuma ajudar "moças delicadas" com muita frequência?
Não deixava de pensar que, em um lugar que em alguns momentos mostrava-se muito perigoso e instável, talvez fosse mais sensato ter mais de uma pessoa para lhe proteger, no entanto ainda tinha receio sobre o homem cinza, ainda não tinha conseguido se comunicar direito com ele para que pudesse o entender e não queria ter de perder um deles ao tentar investir no outro.
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Post by JP Vilela on Jan 27, 2014 12:13:35 GMT -5
- Não há de quê.... - falava enquanto aproximava-se da entrada do chalet - "Moças delicadas"? Não é algo que faço todo dia, bem... não é algo que eu fazia... quando estava trabalhando em Ashfall. Não era comum encontrar senhoritas perdidas em lugares estranhos quando eu... antes de... acontecer tudo isso comigo. - e então, desde que acordou naquela caverna maldita, já tinha trombado com três "donzelas em perigo" - Mas parando para pensar, creio que tenha ajudado mais "moças delicadas" do que as atrapalhado... - Era muito mais comum ouvir histórias trágicas do que homens faziam com mulheres naquele mundo cruel, quando já era tarde demais do que realmente, resgata-las.
Sutilmente, massageava o cotoco que havia no lugar de seu dedo anelar esquerdo, um sorriso nostálgico podia ser percebido em seus lábios. Aquela pergunta remetia a coisas que orgulhava-se de ter feito no passado.
Não sabia se deveria continuar aquele tipo de conversa com uma estranha, mesmo não sendo o tipo de pessoa que omite coisas de seu passado, preferia apenas tratar aquele assunto superficialmente. Estava tentando sair de toda aquela situação, que culpa tinha se tentava ajudar outras pessoas perdidas como ele naquela loucura toda? Principalmente... se elas fossem belas damas, era gratificante.
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Post by Dona Ursa on Jan 27, 2014 14:57:18 GMT -5
- Oh... - ponderou mais sobre o assunto - Por tudo isso. Eu acho que seria o mais adequado lhe pagar por seus serviços. Arranjarei um modo de lhe pagar. Como perdi meus bens... Talvez haja algo que eu possa fazer.... - explicou pensativa.
A Apsara parou em frente a entrada do chalé, observando por algum momento o orc que estava de costas para eles já há algum tempo e então tentando chamar sua atenção:
- Há algo de errado para que o senhor tenha parado na entrada e ficado imóvel aí por tanto tempo? - tinha uma entonação preocupada na voz suave.
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Post by JP Vilela on Jan 27, 2014 15:05:26 GMT -5
- Claro, como queira, Lunara. - Assentiu imaginando se a moça o presentearia com alguma daquelas belas joias que adornavam seu corpo, deveriam valer uma fortuna. De qualquer forma, sentia-se grato apenas em saber que seria recompensado de alguma maneira. Se ao menos qualquer recompensa fosse útil em um lugar como aquele. Suspirava o mercenário.
Quando a musicista dirigiu a palavra ao orc, Virgo ficou atento a reação do sujeito. Aproximou-se mais da moça, só por precaução, todo cuidado era pouco com aquele biruta.
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Post by suwgamm on Jan 27, 2014 15:14:53 GMT -5
-Nada de errado...- O meio orc estava tão distraído pensando nas vozes que ouvira agora a pouco, que nem sabia que a indagação vinha da mulher incrivelmente bela. Além do fato dele estar lembrando da sua caminha de palha, muito bem feita em comparação com a sua cabana esburacada no meio da floresta... fazia a quanto tempo que ele não deitava em uma boa cama?
Reparou que o terreno havia misteriosamente mudado e pensou que podia estar louco, esfregou os olhos incrédulo e disse:
-Melhor eu entrar na cas...- virou todo o seu corpo e viu a Lunara parada em sua frente e só então percebeu que havia respondido diretamente para ela-sss...aaa..- baixou a cabeça e ficou vermelho, andou em direção da porta desviando-se da moça bonita.-Muito bem Petkas já puxou assunto - Falava Heiken com tom sarcástico.
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Post by Dona Ursa on Jan 27, 2014 15:28:18 GMT -5
- Então é melhor o senhor tomar cuidado. Esta casa é um tanto perigosa. - não tinha gostado muito de ter de falar com eles de costas para ele, ignorando-a de certa forma - Tinha algumas frutas no andar de cima há pouco... - se o mercenário já tinha roupas sujas e desgastadas, o homem cinza era ainda pior, usando trapos como traje o que desencorajava Lunara de tentar convence-lo de algo.
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Post by suwgamm on Jan 27, 2014 18:01:31 GMT -5
-Só frutas?-Falar de costas para a garota era realmente mais fácil para o ser cinza-Não tem cama ou algo parecido?-Tinha uma expressão leve de frustação-...humm... apesar que frutas seria uma boa ideia agora- deu mais alguns passos em direção a construção.
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Post by Dona Ursa on Jan 27, 2014 18:36:17 GMT -5
- Se quiser uma cama o senhor mesmo terá que procurar. Eu não conheço a casa além desta sala de entrada e da sala subindo a escadaria. - queria avançar para um pouco mais perto da criatura, porém havia o mercenário à sua frente que lhe impedia,como se realmente fosse um guarda-costas contratado pela musicista. Talvez ela devesse o tratar realmente como a um mercenário qualquer... Por outro lado era uma péssima ideia.
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Post by JP Vilela on Jan 27, 2014 20:07:15 GMT -5
Colocou sua mão sobre a boca, e pigarreou se entrometendo na conversa dos dois:
- O que ela fala é verdade. Preste atenção: Tenha cuidado com uma porta que tem um livro próxima a ele... Orc. - tentava não encarar a criatura nos olhos, talvez o sujeito pudesse interpretar uma ação como aquela algo do tipo como um desafio ou coisa do tipo, como um animal selvagem - Quase perdi a mão tentando forçar a maçaneta, tem algum tipo de armadilha magica lá - apontando em direção ao local que mencionava. - Ah! E... sobre hipótese alguma, tente chegar no tal "Porão"... desse lugar. Ele é uma conexão as cavernas que dão na cidadela dos Zoracks... E... bem... acho que você não quer voltar para lá - terminada sua fala sem graça, um tanto apreensivo com a presença do sujeito.
Provavelmente, estava informando tudo aquilo para ficar de consciência limpa, caso o Orc Louco se desse mal naquele lugar. Poderia dar bem mais detalhes sobre a edificação e seus arredores, que havia aprendido com a carta de Xerfos, mas jugava desnecessárias ao sujeito.
E com isso, começou a se afastar um pouco porem, não muito distante de Lunara, olhando em volta e procurando mais locais para explorar.
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Post by suwgamm on Jan 27, 2014 20:57:44 GMT -5
"Tanto trabalho", pensava, não conseguia entender para que tantos mecanismo para proteger uma casa -É só para dormir- falava para sim mesmo, enquanto a sua mente viajava pelas suas lembranças recentes e trouxe cenas dos vilarejos que ele visitou, das vezes que ele foi expulso de uma casa que entrou só para dormir, afinal todos faziam isso, por que ele não podia dormir dentro de uma casa, por que sempre expulsavam ele dizendo "saia da minha casa, monstro imundo!!!".
Realmente Petkas não tinha muita noção do básico do funcionamento de uma sociedade,por isso sempre evitava uma, não entendia nada daquilo e tão pouco sabia direito o significado da palavra "propriedade", ele via aquele chale na sua frente com o mesmo valor que ele via a sua cabaninha torta feita de gravetos.
Olhou de volta para a paisagem mudada e bufou, não estava com vontade de reconstruir uma cabana novamente, exigia um esforço que ele não gostava, seu olhar ficou triste por um momento, pois lembrou novamente da cama de palha que deu tanto trabalho para fazer, trançou todas as palhas com a ajuda dos pássaros, mas conseguiu ageuntar ate o fim, pois Nastasha sempre ficava o incentivando, dizendo "Nada melhor do que deitar em uma cama depois de um dia cansativo", entretanto logo abriu um sorriso, pois lembrou que Heiken sempre dizia ironicamente "Nada melhor que uma boa cama para um bom preguiçoso" e ele gritava com o orc escuro por causa disso, fazendo com os pássaros voassem para longe e ele tinha que ir atras dos seus amigos alados , toda hora.
-Obrigado pelas informações-Sorriu para o mercenário e voltou a olhar novamente para mata, desviando sempre o seu olhar daquela mulher, que de tão bela lhe causava calafrios. Pensava se valia a pena arriscar-se naquela mata mutana, ou tentasse ficar um pouco mais na presença daqueles dois, foi então que percebeu que Nastasha estava muito quieta, será que tinha alguma relação com a presença de Lunara?
A expressão de petkas denotava medo e ele correu, tentando se afastar um pouco mais daquela mulher, mas não muito, para ver se ouvia novamente a voz da Nastasha.
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Post by Dona Ursa on Jan 27, 2014 21:17:27 GMT -5
-Hmm. - baixou a cabeça querendo demonstrar desapontamente com a atitude repentina de se afastar mais uma vez dela. Em seguida fitou o mercenário com um olhar triste e, sem dizer mais nada segurou-o pelo pulso, puxando-o para dentro do chalé e levando-o até a escadaria onde finalmente o soltou. Mas seu silêncio continuava. Não estava satisfeita com aquele ser cinzento, mas não lhe parecia o melhor momento para tentar.
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