Post by Dona Ursa on Mar 6, 2012 13:23:06 GMT -5
Uma pequena iniciação de um certo projeto meu (que não é MoonLight Spell).
Não revisei e escrevi tudo corrido, possivelmente pode estar confuso.
Capitulo Um: O Festival
O primeiro festival da paz estava para começar. A multidão se aglomerava nas calçadas, queria ver tudo o que iria acontecer. Estavam ansiosos, pois a maioria nunca havia visto um festival antes, outros nem mesmo sabiam o que era. Apenas os mais antigos tinham alguma recordação do que significava esse tipo de festança.
Acima de suas cabeças, pendia com cada uma das pontas presas a um lado da rua, longos fios com fitas e bandeirinhas coloridas dispostas em seu comprimento. Os prédios – ou o que sobrara deles – haviam sido grafitados com os mais diversos desenhos e mensagens. Pessoas vestiam-se com roupas e perucas coloridas, dançavam e cantavam e pareciam realmente felizes. Mesmo que a amarga guerra houvesse destruído grande parte daquela cidade histórica, uma das primeiras a serem construídas naquela região.
Se os conflitos continuassem logo iriam se estabelecer, mais uma vez, naquela cidade. O pouco que havia sobrado intacto cairia em ruinas como todas as outras que compunham a paisagem sombria e triste do lugar. Mas não neste dia. Era dia de festa.
Havia bem mais gente do que se estimava. Pessoas de quase todas as regiões envolvidas nas discórdias. Em especial as pessoas vindas do sul.
A cidade de Carvado precisava se proteger contra possíveis ataques que poderiam surgir de Nações que não estivessem interessados em paz. Carvado não possuía exercito, por isso tinha de contar com a ajuda dos combatentes vindos de uma facção de rebeldes, mais conhecida como “Os Corvos”, pessoas que, como eles, queriam dar um fim à guerra, mas para isso achavam que era necessário lutar, diferente do modo de pensar do povoado de Carvado. Não costumavam ser aliados, já que pensavam de maneiras divergentes, entretanto sabiam que não tinham chance alguma sozinhos, por isso precisavam daquelas pessoas.
Eles estavam infiltrados no festival, aguardando pacientemente os inimigos darem algum sinal de vida.
Como era fácil se misturar a multidão, mesmo que estivesse usando um manto com capuz, mantendo-se anônimo diante dos olhos dos presentes. Não era nem um pouco suspeito, já que aquela capa poderia ser uma simples fantasia, mesmo que de uma azul marinho.
A garota só podia apreciar a festa por debaixo de seu capuz. Não queria ser vista. Não podia ser reconhecida, embora provavelmente ninguém ali tivesse essa capacidade. Seus olhos brilhantes vislumbravam com encanto toda aquela alegria por baixo do tecido grosso, que não permitia que alguém pudesse sequer vê-los. Um homem estava ao seu lado, vestia também o mesmo tipo de manto, mas era de um verde muito escuro. Os dois estavam quietos, em meio a um grupo de pessoas fantasiadas que não paravam quietas.
- Muito obrigada por me trazer aqui. – sussurrou a garota, sem tirar seus olhos de fascínio da carreata que se locomovia lentamente sobre o asfalto danificado, trazendo consigo alegorias cheias de vida e cor, com pessoas dançando sobre elas.
Ela nunca vira um palhaço antes, mas agora tinha a chance de conhecer diversos deles em apenas um lugar. Eram brincalhões e sorridentes, cabelos malucos e de diversas cores . Havia até um com uma peruca de arco íris! As roupas eram largas e desajeitadas e as pinturas nos rostos eram muito expressivas. Mulheres também vestiam roupas que brilhavam na luz como milhares de pequenos diamantes, tinham o cabelo preso com tecidos vibrantes e penas de pavão. Outras usavam longos vestidos igualmente reluzentes, muitas joias adornavam seus pescoços, braços, cabelos... Pareciam rainhas de verdade. A garota percebeu que atrás dessas mulheres vinham pessoas vestidas de arlequins, com roupas de listras vermelhas, brancas e pretas, chapéus engraçados cm várias pontas e guizos presos a cada uma delas. Com certeza era um personagem do qual ela só vira em uma própria imaginação, enquanto descritos em alguns dos muitos livros de romance que lera.
O cheiro de comida sendo preparada vinha do outro lado da rua, onde barraquinhas de madeira estavam dispostas uma ao lado da outra, cada qual vendia algum quitute diferente. O aroma chamava sua atenção tanto quanto o desfile de alegorias. Grande parte dos petiscos vendidos, a jovem nunca havia provado antes.
- Você está vendo? – apontou sutilmente para alguns homens do outro lado da rua, estavam com roupas casuais – camisas brancas e pretas, calças jeans simples e botas de couro com cadarços – Aqueles homens estão armados – sussurrou apreensivo, passando o braço por trás da garota, até tocar seu ombro do outro lado do corpo, trazendo-a para mais perto de si, como se assim fosse capaz de protegê-la, se algo acontecesse.
- O que isso quer dizer? – o comentário havia a deixado assustada.
- Que não é seguro. Seu pai vai me matar se descobrir que eu lhe trouxe para um local perigoso. – ajeitou o capuz sobre a cabeça, como se tivesse medo que alguém visse seu rosto.
- Juro que não vou contar! – desvencilhou-se do braço do rapaz e aumentou um pouco o tom de voz sem perceber.
- Eu sei. – pôs a mão, que antes estava no ombro, na cabeça dela, forçando-a a abaixar a cabeça – Mas talvez esteja na hora de irmos embora. – segurou a mão dela e a puxou em meio a multidão para o lado contrario em que a carreata seguia.
- Espere! – protestou, tentando firmar os pés no chão para que ele não a arrastasse mais – Vamos ficar só mais um pouquinho, por favor. Ainda quero provar alguma daquelas comidas. – fitou seus olhos com uma expressão mísera no rosto.
- Não. Se alguma dessas pessoas armadas descobre quem somos...
- Como podem reconhecer se nunca me viram?
- Nunca se sabe. Podem ter espiões por todos os cantos! – levantou os braços e chacoalhou as mãos e dedos.
- Espiões? – seus olhos brilharam novamente – Como os dos livros? – juntou as mãos à frente do peito.
- Possivelmente menos carismáticos. – puxou-a novamente pelo braço.
De repente, quando menos se esperava, um grande estrondo ecoa pelas paredes da conturbada rua, seguido da sensação de impacto...
Continua... (possivelmente)
Não revisei e escrevi tudo corrido, possivelmente pode estar confuso.
Capitulo Um: O Festival
O primeiro festival da paz estava para começar. A multidão se aglomerava nas calçadas, queria ver tudo o que iria acontecer. Estavam ansiosos, pois a maioria nunca havia visto um festival antes, outros nem mesmo sabiam o que era. Apenas os mais antigos tinham alguma recordação do que significava esse tipo de festança.
Acima de suas cabeças, pendia com cada uma das pontas presas a um lado da rua, longos fios com fitas e bandeirinhas coloridas dispostas em seu comprimento. Os prédios – ou o que sobrara deles – haviam sido grafitados com os mais diversos desenhos e mensagens. Pessoas vestiam-se com roupas e perucas coloridas, dançavam e cantavam e pareciam realmente felizes. Mesmo que a amarga guerra houvesse destruído grande parte daquela cidade histórica, uma das primeiras a serem construídas naquela região.
Se os conflitos continuassem logo iriam se estabelecer, mais uma vez, naquela cidade. O pouco que havia sobrado intacto cairia em ruinas como todas as outras que compunham a paisagem sombria e triste do lugar. Mas não neste dia. Era dia de festa.
Havia bem mais gente do que se estimava. Pessoas de quase todas as regiões envolvidas nas discórdias. Em especial as pessoas vindas do sul.
A cidade de Carvado precisava se proteger contra possíveis ataques que poderiam surgir de Nações que não estivessem interessados em paz. Carvado não possuía exercito, por isso tinha de contar com a ajuda dos combatentes vindos de uma facção de rebeldes, mais conhecida como “Os Corvos”, pessoas que, como eles, queriam dar um fim à guerra, mas para isso achavam que era necessário lutar, diferente do modo de pensar do povoado de Carvado. Não costumavam ser aliados, já que pensavam de maneiras divergentes, entretanto sabiam que não tinham chance alguma sozinhos, por isso precisavam daquelas pessoas.
Eles estavam infiltrados no festival, aguardando pacientemente os inimigos darem algum sinal de vida.
Como era fácil se misturar a multidão, mesmo que estivesse usando um manto com capuz, mantendo-se anônimo diante dos olhos dos presentes. Não era nem um pouco suspeito, já que aquela capa poderia ser uma simples fantasia, mesmo que de uma azul marinho.
A garota só podia apreciar a festa por debaixo de seu capuz. Não queria ser vista. Não podia ser reconhecida, embora provavelmente ninguém ali tivesse essa capacidade. Seus olhos brilhantes vislumbravam com encanto toda aquela alegria por baixo do tecido grosso, que não permitia que alguém pudesse sequer vê-los. Um homem estava ao seu lado, vestia também o mesmo tipo de manto, mas era de um verde muito escuro. Os dois estavam quietos, em meio a um grupo de pessoas fantasiadas que não paravam quietas.
- Muito obrigada por me trazer aqui. – sussurrou a garota, sem tirar seus olhos de fascínio da carreata que se locomovia lentamente sobre o asfalto danificado, trazendo consigo alegorias cheias de vida e cor, com pessoas dançando sobre elas.
Ela nunca vira um palhaço antes, mas agora tinha a chance de conhecer diversos deles em apenas um lugar. Eram brincalhões e sorridentes, cabelos malucos e de diversas cores . Havia até um com uma peruca de arco íris! As roupas eram largas e desajeitadas e as pinturas nos rostos eram muito expressivas. Mulheres também vestiam roupas que brilhavam na luz como milhares de pequenos diamantes, tinham o cabelo preso com tecidos vibrantes e penas de pavão. Outras usavam longos vestidos igualmente reluzentes, muitas joias adornavam seus pescoços, braços, cabelos... Pareciam rainhas de verdade. A garota percebeu que atrás dessas mulheres vinham pessoas vestidas de arlequins, com roupas de listras vermelhas, brancas e pretas, chapéus engraçados cm várias pontas e guizos presos a cada uma delas. Com certeza era um personagem do qual ela só vira em uma própria imaginação, enquanto descritos em alguns dos muitos livros de romance que lera.
O cheiro de comida sendo preparada vinha do outro lado da rua, onde barraquinhas de madeira estavam dispostas uma ao lado da outra, cada qual vendia algum quitute diferente. O aroma chamava sua atenção tanto quanto o desfile de alegorias. Grande parte dos petiscos vendidos, a jovem nunca havia provado antes.
- Você está vendo? – apontou sutilmente para alguns homens do outro lado da rua, estavam com roupas casuais – camisas brancas e pretas, calças jeans simples e botas de couro com cadarços – Aqueles homens estão armados – sussurrou apreensivo, passando o braço por trás da garota, até tocar seu ombro do outro lado do corpo, trazendo-a para mais perto de si, como se assim fosse capaz de protegê-la, se algo acontecesse.
- O que isso quer dizer? – o comentário havia a deixado assustada.
- Que não é seguro. Seu pai vai me matar se descobrir que eu lhe trouxe para um local perigoso. – ajeitou o capuz sobre a cabeça, como se tivesse medo que alguém visse seu rosto.
- Juro que não vou contar! – desvencilhou-se do braço do rapaz e aumentou um pouco o tom de voz sem perceber.
- Eu sei. – pôs a mão, que antes estava no ombro, na cabeça dela, forçando-a a abaixar a cabeça – Mas talvez esteja na hora de irmos embora. – segurou a mão dela e a puxou em meio a multidão para o lado contrario em que a carreata seguia.
- Espere! – protestou, tentando firmar os pés no chão para que ele não a arrastasse mais – Vamos ficar só mais um pouquinho, por favor. Ainda quero provar alguma daquelas comidas. – fitou seus olhos com uma expressão mísera no rosto.
- Não. Se alguma dessas pessoas armadas descobre quem somos...
- Como podem reconhecer se nunca me viram?
- Nunca se sabe. Podem ter espiões por todos os cantos! – levantou os braços e chacoalhou as mãos e dedos.
- Espiões? – seus olhos brilharam novamente – Como os dos livros? – juntou as mãos à frente do peito.
- Possivelmente menos carismáticos. – puxou-a novamente pelo braço.
De repente, quando menos se esperava, um grande estrondo ecoa pelas paredes da conturbada rua, seguido da sensação de impacto...
Continua... (possivelmente)