Post by jpaiva on Oct 21, 2012 7:57:14 GMT -5
Yo!
É um roteiro One Shot, seinen, Jogo Online. Dividi a estória em duas partes pra, talvez, ficar menos cansativo (eu disse talvez e.e). Segue abaixo a sinopse e o roteiro em sí.
Sinopse:
D-Tecnolife (1° parte)
D-Tecnolife (2°parte)
É um roteiro One Shot, seinen, Jogo Online. Dividi a estória em duas partes pra, talvez, ficar menos cansativo (eu disse talvez e.e). Segue abaixo a sinopse e o roteiro em sí.
Sinopse:
Fim do século 21.Um grupo de 5 amigos. Em comum, eles apresentam problemas familiares e financeiro, vícios em drogas sintéticas, bebida, dinheiro e diversão. A solução para os problemas: Testar a versão Beta de um jogo de realidade virtual, que mudará suas vidas por completo.
D-Tecnolife (1° parte)
*Final do século 21 – Ano 2092*
*Em um apartamento, meio abafado, roupas espalhadas para todo lugar. Na parede, duas barras projetam uma tela holográfica, uma jornalista aparece no noticiário*
Jornalista: Continuando com as noticias, hoje o governo da ONU autorizou, por unanimidade, a liberação e produção mundial, em massa, de AI's. O governo americano, já planeja inserir seu arsenal de cérebros eletrônicos, em diversos setores e máquinas. Acredita-se que o país venha, desde 2070, produzindo A.I’s, só aguardando a liberação da ONU para aplicação legal e efetiva...
*A tela some, Joe sai do banheiro e entra no quarto*
Joe: Aham... Sim... Chego aí em 10 minutos... Okay... Tchau.
*Joe aperta um mini botão que estava colado no lado da sua testa. Joe pega em cima da cama, um cartão e sua jaqueta. Ele olha para um auto retrato em cima de um cômodo, na foto aparece ele, criança, e uma mulher, sorrindo*
Joe (pensamento): Mãe... Hoje faz 10 anos desde sua morte... Não... Desde que lhe assassinaram.
*Joe sai do apartamento, a porta é automática e existe um leitor de digital nela. Joe passa o dedo, e uma luz vermelha indica que a porta esta trancada. Já é noite, Joe anda pela calçada, ele chega até uma espécie de terminal bancário, ele insere o cartão que trazia, no terminal*
Joe: Só 300 créditos... Droga! Preciso arranjar um emprego logo.
*Joe continua a andar pela calçada, na noite fria. Em outro lugar, um jovem sai de um prédio de luxo, apressado, o jovem parece atordoado, uma mulher o persegue*
Mulher: Nick! Filho! Volte aqui, seu pai não quis dizer aquilo...
Nick: Não quis dizer?! Mãe, viu o olhar dele de raiva e desprezo, ele não me ama, essa é a verdade! Nunca serei bom o bastante pra ele!
Mulher: Nick...
*Nick passa o dedo em um leitor, que se encontra numa moto, a moto liga imediatamente*
Mulher: Aonde você vai?
Nick: Esfriar um pouco a cabeça.
*Ele arranca com a moto, e segue pela rodovia, pela noite fria. Em outro lugar, em uma casa, mãe e filha discutem uma com a outra*
Mãe: Você já vai sair novamente! Ontem, hoje, você quer se criar na rua é?!
Filha: Melhor do que ficar aqui, e ver você se acabar com essas drogas sintéticas!
Mãe: Você me respeita, menina! Ainda sou sua mãe! E tomo isso, por prescrição médica...
Filha: É pra você tomar só 1 dessas por dia, não 3, a cada hora! E sinceramente, você nem precisa desse medicamento... Eu lhe amo muito, mas assim não dá, terei que coloca-la num clínica de re habilita...
*A mãe arremessa um pote de vidro na cara da filha*
Mãe: Eu não sou nenhuma viciada!! Ouviu, Lindsey!! Eu não sou!! Eu sou sua mãe, sua menina ingrata!
*Lindsey sai chorando de casa, pela calçada, ela se encosta na parede de uma loja, na vitrine dessa mesma loja, várias telas, com um mulher falando nas telas*
Mulher: Documentação de papel, isso é coisa do passado. Agora com o Sistema Integrado de Registro Humano Mundial, tudo fica mais rápido e fácil, registre seu filho recém-nascido no posto mais próximo.
*Lindsey escuta um “bip”, é seu celular. Ela dá um leve toque em um mini botão no lado da testa*
Lindsey: Alô?... Se reunir... Onde?... Certo, eu to precisando mesmo... Já to chegando ai. Tchau.
*Em frente de um bar, com aparência típica punk rock, motoqueiros com suas motos, homens com tatuagens e alargadores de orelha e mulheres de piercing e trajando roupas pretas. Nick chega com sua moto, ele desce e entra no local, lá dentro alguém o chama*
Voz: Nick! Chegou cedo hein?!
*Um jovem o abraça, era Nathan. Seu estilo era de jovem rebelde, tanto no jeito de falar, agir e vestir, ele traz duas garrafas de cerveja*
Nick: Nathan, cadê o resto do pessoal?
Nathan: Você foi o primeiro a chegar. Tome, pegue uma.
Nick: Ah! Valeu... Acho que vou precisar de mais de uma dessas.
Nathan: Hahaha! Quantas você puder pagar, meu amigo, afinal você é mais rico de nós huh? Deve tá cheio de créditos pra gastar hehehe
Nick: Só quero o bastante pra me esquecer dos problemas...
Nathan: Certo, certo, vamos sentar e esperar o resto da galera.
*Nathan e Nick se sentam em uma mesa, afastada, com bastante espaço livre*
Nick: Então... Você convocou toda a galera, só pra beber umas cervejas?
Nathan: O quê isso? Nem parece que somos amigos desde a infância, alguma vez eu reuni toda a galera pra nada?
Nick: Teve aquela vez, que você nós chamou para experimentar umas drogas sintéticas recentemente desenvolvidas...
Nathan: Ah! Mas, vai dizer que não foi legal? Você foi o que mais ficou doido hehehe...
Nick: O que é dessa vez?
*Nathan toma um gole de cerveja*
Nathan: Um jogo...
Nick: Jogo? Que jogo?
*Nathan observa um grupo de jovens que entram no bar*
Nathan: Finalmente, todos reunidos.
*Nathan levanta e acena para o grupo, eles se dirigem para onde Nathan e Nick estão*
Nathan: Meus amigos! Lindsey! Samanta! Joe! Vamos sentando, vamos sentando. Vamos esquecer os problemas e beber muito, o que acham?
Lindsey: Abre logo uma cerveja pra mim.
Samanta: Vou querer uma tequila com limão.
Nathan: Isso, assim que eu gosto de ver... Joe! O que tá pegando, brou? Peça alguma coisa para beber, vamos, melhore essa cara com uma boa cerveja.
Joe: Hoje não, Nathan... Quero estar sóbrio essa noite.
Nathan: Okay... Beberei por você então.
*Nick e Samanta se olham*
Nick: Olá...
Samanta: Oi...
*Silêncio constrangedor*
Nick: Bom, todos reunidos, vamos ao ponto, Nathan.
Nathan: Huh? Ah! Sim, o ponto. Bom, como vocês sabem, eu conheço todo tipo de gente... E, sou um cara que gosta de se divertir, e lembrei como me divirto na presença dos meus queridos amigos.
Lindsey: Sim, sabemos disso. Que você é um cara super descolado e conhecido por gente barra pesada...
Nathan: Você esqueceu a parte de se divertir com os amigos.
Lindsey: Desembucha logo! Antes que eu fique bêbada aqui.
Nathan: Okay! Okay! Bom, conheço um cara que conhece um cara que me disse que a Storm X, aquela empresa que desenvolve Delta Softwares, esta criando um jogo inovador de realidade virtual.
Nick: Huh... É eu soube disso. Mas, e ai? O que tem de mais?
Nathan: Calma, esse cara que eu conheço, ele me disse que a empresa esta chamando pessoas pra jogar a versão Beta do jogo. Ou seja, uma oportunidade única de estrear o game primeiro.
Samanta: Não acredito que isso era o ponto dessa noite?!
Nathan: Você percebe que é uma chance única de jogar o primeiro jogo de realidade virtual, simulado por Delta Softwares, isso quer dizer que todos os nossos sentidos estarão no jogo, o tato, o paladar, o olfato, a visão, a audição... Tudo!
Samanta: É... é... Que legal.
Nathan: Cometei também que eles estão pagando uma grana para essas pessoas...
Samanta: Você pensa que eu posso ser comprada... Mas, quanto eles estão pagando, por acaso?
Nathan: Soube que gira em torno de 50 mil créditos...
Joe, Samanta e Lindsey: 50 MIL!!
Nathan: Sabia que vocês gostariam hehehe
Joe: Pow eu tô precisando de uma grana extra.
Lindsey: O negócio de ser policial não está dando certo né?
Joe: É ... Simplesmente não consigo entrar na corporação! É frustrante, e as dividas só se acumulam mais e mais.
Lindsey: Você já tentou outra profissão?
Joe: Não, foi uma decisão minha. Eu serei policial custe o que custar.
Lindsey: Se eu puder ajudar de alguma forma...
Joe: Não, não precisa... Eu consigo sair dessa situação difícil sozinho.
Nick: Pow Joe, se meu pai não tivesse bloqueado meu cartão, eu te ajudaria...
Joe: Sem problema. Como eu disse, eu quero conseguir sair dessa por meu próprio esforço... Vamos, Nathan conte mais sobre esse jogo? Como nós nos escrevemos?
Nick: Vocês têm que ver que deve haver uma multidão na lista de espera. Seria sorte pelo menos um de nós sermos selecionado.
Nathan: Eu já cuidei disso. Pedi a esse cara pra escrever nossos nomes e bota-los no topo da lista. E mais, ainda a pouco eu recebi a ligação dele, e ele me disse que é pra irmos semana que vem na sede da empresa Storm X, eles estarão nos esperando.
Samanta: Eles vão dar o dinheiro na hora?
Nathan: Provavelmente, no final do processo.
Joe: Okay então... Até semana que vem. Já vou indo.
Nick: Já vai, Joe? Pow fica mais um pouco.
Joe: Foi mal, mas tenho que ir mesmo... Preciso visitar alguém.
*Todos em silêncio enquanto Joe deixa a mesa e sai do bar*
Nathan: Hoje foi o dia que a mãe do Joe morreu...
Lindsey: Sim...
*Joe esta na frente da lápide da mãe, em uma espécie de campo isolado da cidade, o céu escuro e nebuloso e o vento anunciam uma tempestade*
Joe: Mãe...
*Inicia um Flash Back*
*Joe se lembra do corpo da sua mãe, jogado no chão, todo ensanguentado. Ele olha bem nos olhos dela*
Mãe de Joe: J..o..e...Jo.e
*Ele olha para as próprias mãos*
Joe (pensamento): Por que?! Por que eu não pude fazer nada?! Por que eu não pude evitar tudo isso?!
*Ele olha para outro corpo jogado na sua frente. Já não é o da sua mãe. Mas, de outra pessoa. De uma mulher. Ao chegar mais perto pra ver a face... Joe acorda, ao som de alguém na sua porta. Ele levanta chega perto da porta e aperta um botão próximo, logo em seguida, aparece a imagem de quem esta do outro lado da porta, uma senhora*
Joe: Sra. Thompson... Hunf...
*A porta se abre. A Sra. Thompson aparece com uma maquina de leitor de cartão na mão*
Thompson: O aluguel, Joe.
Joe: Sra. Thompson, eu... Eu ainda não tenho os créditos, mas eu vou receber uma grana hoje e eu juro que lhe pago, ainda hoje.
Thompson: Hoje então, viu?!
*Sra Thompson se afasta e olha novamente para Joe que está parado na porta*
Thompson: Esqueci... Fez dez anos não é? Desde que sua mãe...
*Joe abaixa a cabeça. Ele entra e senta na beira da cama, pensativo. Até ouvir um bip. Joe toca no mini botão no lado da testa*
Joe: Alô...
Lindsey: Oi, é a Lindsey... O negócio do jogo é hoje... Estou aqui embaixo, na frente do seu prédio te esperando pra irmos juntos.
Joe: Ok, desço em 5 minutos...
Lindsey: Você está bem? Sua voz parece cansada...
Joe: Noites mal dormidas, só isso...
*Joe desce e se encontra com Lindsey, eles se abraçam*
Lindsey: Não é só sua voz... Você parece cansado.
Joe: Vamos indo...
*Na frente da empresa Storm X, chega Nick com sua moto, ele se encontra com Samanta, que foi a primeira a chegar*
Nick: Oi...
Samanta: Ola...
Nick: Err... Por que esta aqui fora e não esperando lá dentro?
Samanta: É que está fechado.
Nick: Fechado? Mas, não estava marcado para fazermos a simulação daquele jogo hoje?
Samanta: Sim, só que está tudo fechado e parece que não tem ninguém lá dentro.
Nick: Aquele Nathan vai ver só...
Samanta: Eu vou torcer aquele pescoço dele, por me fazer acordar cedo... Nem deu pra dormir meu sonho de beleza.
Nick: Ah sim! E como vai sua carreira de modelo?
Samanta: Se estivesse bem, não estaria aqui, tentando arranjar dinheiro desse jeito, não acha?
Nick: Você continua grossa como sempre. Não mudou nadinha desde o nosso namoro.
Samanta: Por favor, não começa a desenterrar o passado. Só tivemos um lance juntos, só isso.
Nick: Você me usou, pra conseguir dinheiro e sucesso, pra sua carreira de modelo.
Samanta: Você acha que eu sou assim?! Por isso que eu terminei com você! Você é muito psicótico e paranoico.
*Nathan chega no local*
Nathan: Olá, a todos!
Samanta: E você é um mentiroso!
Nathan: Mas, o que eu fiz?
Samanta: A empresa esta fechada, viemos aqui para nada!
Nathan:Ei, eu só disse para vocês o que me disseram, poderia dar errado, não é?
Samanta: Ora, seu filh...
*Joe e Lindsey chegam também no local*
Lindsey: O que foi? Por que todos estão aqui? Vamos entrar.
Samanta: Não podemos, porque está trancado! Nathan, seu idiota!
Nathan: Mas, eu já disse que não tive culpa.
Joe: Perda de tempo...
*Quando eles se viram pra ir embora, uma voz começa a ser ouvida*
Voz: Ei, vocês, virem-se para a porta.
*Todos se viram, e uma luz vermelha sai de um pequeno aparelho em cima da porta, ela escaneia os 5*
Joe: Mas, o qu...?!
Voz: Identidade confirmada. Desculpem a espera, por favor, entrem.
*A porta se abre automaticamente. Porém, ninguém entra*
Voz: Se vocês querem receber os 50 mil créditos sugiro que entrem.
Samanta: Opa!
Nick: Gananciosa...
Samanta: Cala boca.
Nathan: É vocês ouviram a voz suspeita, vamos entrando.
*Todo mundo dentro do prédio, não se vê moveis, quadros, nada. Só um elevador*
Lindsey: Que tipo de lugar é esse? Não tem nada aqui.
Nick: Hmm Isso aqui é Asimovinismo, é uma nova forma de organização das empresas e algumas corporações, desde a 4ª Revolução Tecno-Cientifica-Informacional, em 2050. Elas estão adotando esse tipo de organização, onde o número de funcionários é bem pequeno, ou às vezes quase unitário, sendo formado só pelo dono da empresa.
Lindsey: Ele faz tudo sozinho?
Nick: Na verdade, ele não precisa, porque a empresa é auto suficiente, em termo de mão de obra e operação. Tudo é feito por Pro A.I’s.
Joe: A.I’s? Mas eu vi no jornal que só agora a ONU liberou A.I’s para aplicações em máquinas.
Nick: Mas, esses Pro A.I’s são máquinas com capacidade limitada, não são A.I’s propriamente ditos.
Voz: Entrem no elevador*
*Todos entram. O elevador começa a se movimentar. Nota-se que existe 20 andares tanto para cima como para baixo, no subsolo*
Lindsey: Estou com um mau pressentimento...
Joe: Relaxa, vai dar tudo certo.
*Lindsey segura a mão de Joe*
Lindsey: Então, prometa que sairá comigo quando tudo isso terminar.
Joe: Prometo.
*A porta do elevador abre. Uma enorme sala com vários painéis, bancadas cheias de telas e botões e um velho cientista os espera*
Velho: Olá, sejam bem vindos. Meu nome é Dr. Hevo, sou dono da Storm X, eu chamei vocês aqui para a simulação da fase Beta do jogo de realidade virtual, operado por Delta Softwares.
Joe: Ainda não sabemos que tipo de jogo é, como vai funcionar, se tem algum risco de vida ou trauma, essas coisas ainda não foram explicadas.
Hevo: Oh! Certo, então, serei breve e completo na minha apresentação. Bem, o jogo reproduz o mundo 20 anos atrás, ou seja, se passa em 2072, e reproduz fielmente tudo da época, desde cidades, coisas da época, até mesmos todas as pessoas, ele reproduz TUDO do ano de 2072.
Nick: Mas, como isso é possível? Você reproduzir até mesmo cada ser humano da época, acho que devia existir pelo menos uns 8,5 bilhões de pessoas... Não dá! É muita coisa para uma máquina.
Joe (pensamento): Esse jogo... Reproduz todas as pessoas do ano de 2072... Então, poderei ver minha mãe de novo!
Hevo: Sim, você tem razão... Seria dados demais para serem processados por uma simples máquina. Por isso, recentemente, desenvolvi uma super A.I chamado Eva. Ela tem a capacidade de processamento de 10.000.000 Pentabytes por segundo. Eva foi, estritamente, desenvolvida para reproduzir esse jogo. Nossa fonte de informação, o Sistema Integrado de Registro Humano Mundial, dá para Eva, todos os dados referentes a cada ser humano da época, com todas as características físicas. Em um primeiro momento, Eva vai escanear o cérebro de vocês a procura de todas as pessoas que vocês conhecem e vai baixar essas informações para o banco de dados dela. Assim, ela poderá reproduzir o jeito das pessoas que vocês conhecem mais fielmente.
Lindsey: Isso não é legal... Queria que minha mãe, nesse jogo, fosse uma pessoa totalmente diferente...
Hevo: Em teoria, o jogo não causa nenhum dano à saúde física... Porém, só através, da simulação do jogo Beta por seres humanos reais, é que poderemos avaliar os danos psicológicos.
Samanta: Mas, iremos receber no final disso tudo, não é?
Hevo: Sim, sim, vocês receberam os 50 mil créditos.
*Hevo faz um movimento de mão, próximo ao tórax, e uma imagem holográfica de um painel aparece. Hevo aperta um botão, e atrás dele, uma porta imensa abre, revelando 5 cadeiras, com uma espécie de capacete, em cada um deles*
Hevo: Esses aqui são os equipamentos que levarão vocês ao jogo. É meio grotesco, futuramente, poderemos fazer um mais portátil do que esse.
Samanta: Isso vai acabar com meu cabelo.
Hevo: Ainda existem certos pontos dos quais ainda não falei. Primeiro, o “vocês” de 20 anos atrás, não existirá no jogo. Isso é pra evitar qualquer choque mental, logo de cara. Segundo, o papel de vocês no jogo, é de serem vocês mesmos.
Nathan: Mas, que graça tem nisso?
Hevo: Bom, o jogo foi idealizado, não para ter graça, mas sim, como uma forma de dar a oportunidade para as pessoas de um recomeço. Imagine se você pudesse viver sua vida novamente, porém agora você terá a chance de vivê-la diferente de como ela é agora, você poderá tomar determinadas decisões em seu passado, e simular sua vida, para ver como ela poderia ficar depois de alguns anos.
Joe: Incrível...
Hevo: Outra coisa, o tempo que se passa no jogo, não é o mesmo do nosso tempo real, então, não se preocupem, em simular 10, 15 anos da sua vida no jogo, que não terá problema. Durante o jogo, Eva dará o suporte necessário a vocês, caso exista alguma dúvida.
*Todos começam a sentar nas cadeiras, Hevo vai colocando os capacetes. Ele liga sensores no corpo de cada um, e aparecem as condições vitais, deles em uma tela holográfica*
Hevo: Como é simulado por Delta Softwares, vocês terão todos seus sentidos ativos, dentro do jogo, ou seja, você poderão sentir cheiro, gosto, tato. Lembrando que essas sensações são reais somente no jogo, por exemplo, se vocês se cortarem no jogo, vocês sentirão dor, mas isso não afetará seus corpos reais aqui fora.
*Aparecem vários painéis holográficos em volta de Hevo, ele habilidosamente, apertar e ajusta vários botões*
Hevo: Bom, alguma dúvida?
*Todos em silêncio*
Hevo: Então, vamos ao jogo. Lembrando, vocês tem a chance de viver diferente, de fazer as coisas de maneira diferente, na vida de vocês. Não desperdicem essa oportunidade. Até logo.
Joe (pensamento): Sim! Não perderei essa oportunidade!
*Joe começa a ver várias cores, e subitamente, tudo fica escuro. Joe começa a sentir o vento nos seus cabelos, escuta carros buzinando, sente o cheiro de lixo. Joe abre os olhos e vê que esta no alto de um prédio de 5 andares, ao seu redor, estão seus amigos. Todos parecem surpresos*
Joe: Que incrível...
*Em um apartamento, meio abafado, roupas espalhadas para todo lugar. Na parede, duas barras projetam uma tela holográfica, uma jornalista aparece no noticiário*
Jornalista: Continuando com as noticias, hoje o governo da ONU autorizou, por unanimidade, a liberação e produção mundial, em massa, de AI's. O governo americano, já planeja inserir seu arsenal de cérebros eletrônicos, em diversos setores e máquinas. Acredita-se que o país venha, desde 2070, produzindo A.I’s, só aguardando a liberação da ONU para aplicação legal e efetiva...
*A tela some, Joe sai do banheiro e entra no quarto*
Joe: Aham... Sim... Chego aí em 10 minutos... Okay... Tchau.
*Joe aperta um mini botão que estava colado no lado da sua testa. Joe pega em cima da cama, um cartão e sua jaqueta. Ele olha para um auto retrato em cima de um cômodo, na foto aparece ele, criança, e uma mulher, sorrindo*
Joe (pensamento): Mãe... Hoje faz 10 anos desde sua morte... Não... Desde que lhe assassinaram.
*Joe sai do apartamento, a porta é automática e existe um leitor de digital nela. Joe passa o dedo, e uma luz vermelha indica que a porta esta trancada. Já é noite, Joe anda pela calçada, ele chega até uma espécie de terminal bancário, ele insere o cartão que trazia, no terminal*
Joe: Só 300 créditos... Droga! Preciso arranjar um emprego logo.
*Joe continua a andar pela calçada, na noite fria. Em outro lugar, um jovem sai de um prédio de luxo, apressado, o jovem parece atordoado, uma mulher o persegue*
Mulher: Nick! Filho! Volte aqui, seu pai não quis dizer aquilo...
Nick: Não quis dizer?! Mãe, viu o olhar dele de raiva e desprezo, ele não me ama, essa é a verdade! Nunca serei bom o bastante pra ele!
Mulher: Nick...
*Nick passa o dedo em um leitor, que se encontra numa moto, a moto liga imediatamente*
Mulher: Aonde você vai?
Nick: Esfriar um pouco a cabeça.
*Ele arranca com a moto, e segue pela rodovia, pela noite fria. Em outro lugar, em uma casa, mãe e filha discutem uma com a outra*
Mãe: Você já vai sair novamente! Ontem, hoje, você quer se criar na rua é?!
Filha: Melhor do que ficar aqui, e ver você se acabar com essas drogas sintéticas!
Mãe: Você me respeita, menina! Ainda sou sua mãe! E tomo isso, por prescrição médica...
Filha: É pra você tomar só 1 dessas por dia, não 3, a cada hora! E sinceramente, você nem precisa desse medicamento... Eu lhe amo muito, mas assim não dá, terei que coloca-la num clínica de re habilita...
*A mãe arremessa um pote de vidro na cara da filha*
Mãe: Eu não sou nenhuma viciada!! Ouviu, Lindsey!! Eu não sou!! Eu sou sua mãe, sua menina ingrata!
*Lindsey sai chorando de casa, pela calçada, ela se encosta na parede de uma loja, na vitrine dessa mesma loja, várias telas, com um mulher falando nas telas*
Mulher: Documentação de papel, isso é coisa do passado. Agora com o Sistema Integrado de Registro Humano Mundial, tudo fica mais rápido e fácil, registre seu filho recém-nascido no posto mais próximo.
*Lindsey escuta um “bip”, é seu celular. Ela dá um leve toque em um mini botão no lado da testa*
Lindsey: Alô?... Se reunir... Onde?... Certo, eu to precisando mesmo... Já to chegando ai. Tchau.
*Em frente de um bar, com aparência típica punk rock, motoqueiros com suas motos, homens com tatuagens e alargadores de orelha e mulheres de piercing e trajando roupas pretas. Nick chega com sua moto, ele desce e entra no local, lá dentro alguém o chama*
Voz: Nick! Chegou cedo hein?!
*Um jovem o abraça, era Nathan. Seu estilo era de jovem rebelde, tanto no jeito de falar, agir e vestir, ele traz duas garrafas de cerveja*
Nick: Nathan, cadê o resto do pessoal?
Nathan: Você foi o primeiro a chegar. Tome, pegue uma.
Nick: Ah! Valeu... Acho que vou precisar de mais de uma dessas.
Nathan: Hahaha! Quantas você puder pagar, meu amigo, afinal você é mais rico de nós huh? Deve tá cheio de créditos pra gastar hehehe
Nick: Só quero o bastante pra me esquecer dos problemas...
Nathan: Certo, certo, vamos sentar e esperar o resto da galera.
*Nathan e Nick se sentam em uma mesa, afastada, com bastante espaço livre*
Nick: Então... Você convocou toda a galera, só pra beber umas cervejas?
Nathan: O quê isso? Nem parece que somos amigos desde a infância, alguma vez eu reuni toda a galera pra nada?
Nick: Teve aquela vez, que você nós chamou para experimentar umas drogas sintéticas recentemente desenvolvidas...
Nathan: Ah! Mas, vai dizer que não foi legal? Você foi o que mais ficou doido hehehe...
Nick: O que é dessa vez?
*Nathan toma um gole de cerveja*
Nathan: Um jogo...
Nick: Jogo? Que jogo?
*Nathan observa um grupo de jovens que entram no bar*
Nathan: Finalmente, todos reunidos.
*Nathan levanta e acena para o grupo, eles se dirigem para onde Nathan e Nick estão*
Nathan: Meus amigos! Lindsey! Samanta! Joe! Vamos sentando, vamos sentando. Vamos esquecer os problemas e beber muito, o que acham?
Lindsey: Abre logo uma cerveja pra mim.
Samanta: Vou querer uma tequila com limão.
Nathan: Isso, assim que eu gosto de ver... Joe! O que tá pegando, brou? Peça alguma coisa para beber, vamos, melhore essa cara com uma boa cerveja.
Joe: Hoje não, Nathan... Quero estar sóbrio essa noite.
Nathan: Okay... Beberei por você então.
*Nick e Samanta se olham*
Nick: Olá...
Samanta: Oi...
*Silêncio constrangedor*
Nick: Bom, todos reunidos, vamos ao ponto, Nathan.
Nathan: Huh? Ah! Sim, o ponto. Bom, como vocês sabem, eu conheço todo tipo de gente... E, sou um cara que gosta de se divertir, e lembrei como me divirto na presença dos meus queridos amigos.
Lindsey: Sim, sabemos disso. Que você é um cara super descolado e conhecido por gente barra pesada...
Nathan: Você esqueceu a parte de se divertir com os amigos.
Lindsey: Desembucha logo! Antes que eu fique bêbada aqui.
Nathan: Okay! Okay! Bom, conheço um cara que conhece um cara que me disse que a Storm X, aquela empresa que desenvolve Delta Softwares, esta criando um jogo inovador de realidade virtual.
Nick: Huh... É eu soube disso. Mas, e ai? O que tem de mais?
Nathan: Calma, esse cara que eu conheço, ele me disse que a empresa esta chamando pessoas pra jogar a versão Beta do jogo. Ou seja, uma oportunidade única de estrear o game primeiro.
Samanta: Não acredito que isso era o ponto dessa noite?!
Nathan: Você percebe que é uma chance única de jogar o primeiro jogo de realidade virtual, simulado por Delta Softwares, isso quer dizer que todos os nossos sentidos estarão no jogo, o tato, o paladar, o olfato, a visão, a audição... Tudo!
Samanta: É... é... Que legal.
Nathan: Cometei também que eles estão pagando uma grana para essas pessoas...
Samanta: Você pensa que eu posso ser comprada... Mas, quanto eles estão pagando, por acaso?
Nathan: Soube que gira em torno de 50 mil créditos...
Joe, Samanta e Lindsey: 50 MIL!!
Nathan: Sabia que vocês gostariam hehehe
Joe: Pow eu tô precisando de uma grana extra.
Lindsey: O negócio de ser policial não está dando certo né?
Joe: É ... Simplesmente não consigo entrar na corporação! É frustrante, e as dividas só se acumulam mais e mais.
Lindsey: Você já tentou outra profissão?
Joe: Não, foi uma decisão minha. Eu serei policial custe o que custar.
Lindsey: Se eu puder ajudar de alguma forma...
Joe: Não, não precisa... Eu consigo sair dessa situação difícil sozinho.
Nick: Pow Joe, se meu pai não tivesse bloqueado meu cartão, eu te ajudaria...
Joe: Sem problema. Como eu disse, eu quero conseguir sair dessa por meu próprio esforço... Vamos, Nathan conte mais sobre esse jogo? Como nós nos escrevemos?
Nick: Vocês têm que ver que deve haver uma multidão na lista de espera. Seria sorte pelo menos um de nós sermos selecionado.
Nathan: Eu já cuidei disso. Pedi a esse cara pra escrever nossos nomes e bota-los no topo da lista. E mais, ainda a pouco eu recebi a ligação dele, e ele me disse que é pra irmos semana que vem na sede da empresa Storm X, eles estarão nos esperando.
Samanta: Eles vão dar o dinheiro na hora?
Nathan: Provavelmente, no final do processo.
Joe: Okay então... Até semana que vem. Já vou indo.
Nick: Já vai, Joe? Pow fica mais um pouco.
Joe: Foi mal, mas tenho que ir mesmo... Preciso visitar alguém.
*Todos em silêncio enquanto Joe deixa a mesa e sai do bar*
Nathan: Hoje foi o dia que a mãe do Joe morreu...
Lindsey: Sim...
*Joe esta na frente da lápide da mãe, em uma espécie de campo isolado da cidade, o céu escuro e nebuloso e o vento anunciam uma tempestade*
Joe: Mãe...
*Inicia um Flash Back*
*Joe se lembra do corpo da sua mãe, jogado no chão, todo ensanguentado. Ele olha bem nos olhos dela*
Mãe de Joe: J..o..e...Jo.e
*Ele olha para as próprias mãos*
Joe (pensamento): Por que?! Por que eu não pude fazer nada?! Por que eu não pude evitar tudo isso?!
*Ele olha para outro corpo jogado na sua frente. Já não é o da sua mãe. Mas, de outra pessoa. De uma mulher. Ao chegar mais perto pra ver a face... Joe acorda, ao som de alguém na sua porta. Ele levanta chega perto da porta e aperta um botão próximo, logo em seguida, aparece a imagem de quem esta do outro lado da porta, uma senhora*
Joe: Sra. Thompson... Hunf...
*A porta se abre. A Sra. Thompson aparece com uma maquina de leitor de cartão na mão*
Thompson: O aluguel, Joe.
Joe: Sra. Thompson, eu... Eu ainda não tenho os créditos, mas eu vou receber uma grana hoje e eu juro que lhe pago, ainda hoje.
Thompson: Hoje então, viu?!
*Sra Thompson se afasta e olha novamente para Joe que está parado na porta*
Thompson: Esqueci... Fez dez anos não é? Desde que sua mãe...
*Joe abaixa a cabeça. Ele entra e senta na beira da cama, pensativo. Até ouvir um bip. Joe toca no mini botão no lado da testa*
Joe: Alô...
Lindsey: Oi, é a Lindsey... O negócio do jogo é hoje... Estou aqui embaixo, na frente do seu prédio te esperando pra irmos juntos.
Joe: Ok, desço em 5 minutos...
Lindsey: Você está bem? Sua voz parece cansada...
Joe: Noites mal dormidas, só isso...
*Joe desce e se encontra com Lindsey, eles se abraçam*
Lindsey: Não é só sua voz... Você parece cansado.
Joe: Vamos indo...
*Na frente da empresa Storm X, chega Nick com sua moto, ele se encontra com Samanta, que foi a primeira a chegar*
Nick: Oi...
Samanta: Ola...
Nick: Err... Por que esta aqui fora e não esperando lá dentro?
Samanta: É que está fechado.
Nick: Fechado? Mas, não estava marcado para fazermos a simulação daquele jogo hoje?
Samanta: Sim, só que está tudo fechado e parece que não tem ninguém lá dentro.
Nick: Aquele Nathan vai ver só...
Samanta: Eu vou torcer aquele pescoço dele, por me fazer acordar cedo... Nem deu pra dormir meu sonho de beleza.
Nick: Ah sim! E como vai sua carreira de modelo?
Samanta: Se estivesse bem, não estaria aqui, tentando arranjar dinheiro desse jeito, não acha?
Nick: Você continua grossa como sempre. Não mudou nadinha desde o nosso namoro.
Samanta: Por favor, não começa a desenterrar o passado. Só tivemos um lance juntos, só isso.
Nick: Você me usou, pra conseguir dinheiro e sucesso, pra sua carreira de modelo.
Samanta: Você acha que eu sou assim?! Por isso que eu terminei com você! Você é muito psicótico e paranoico.
*Nathan chega no local*
Nathan: Olá, a todos!
Samanta: E você é um mentiroso!
Nathan: Mas, o que eu fiz?
Samanta: A empresa esta fechada, viemos aqui para nada!
Nathan:Ei, eu só disse para vocês o que me disseram, poderia dar errado, não é?
Samanta: Ora, seu filh...
*Joe e Lindsey chegam também no local*
Lindsey: O que foi? Por que todos estão aqui? Vamos entrar.
Samanta: Não podemos, porque está trancado! Nathan, seu idiota!
Nathan: Mas, eu já disse que não tive culpa.
Joe: Perda de tempo...
*Quando eles se viram pra ir embora, uma voz começa a ser ouvida*
Voz: Ei, vocês, virem-se para a porta.
*Todos se viram, e uma luz vermelha sai de um pequeno aparelho em cima da porta, ela escaneia os 5*
Joe: Mas, o qu...?!
Voz: Identidade confirmada. Desculpem a espera, por favor, entrem.
*A porta se abre automaticamente. Porém, ninguém entra*
Voz: Se vocês querem receber os 50 mil créditos sugiro que entrem.
Samanta: Opa!
Nick: Gananciosa...
Samanta: Cala boca.
Nathan: É vocês ouviram a voz suspeita, vamos entrando.
*Todo mundo dentro do prédio, não se vê moveis, quadros, nada. Só um elevador*
Lindsey: Que tipo de lugar é esse? Não tem nada aqui.
Nick: Hmm Isso aqui é Asimovinismo, é uma nova forma de organização das empresas e algumas corporações, desde a 4ª Revolução Tecno-Cientifica-Informacional, em 2050. Elas estão adotando esse tipo de organização, onde o número de funcionários é bem pequeno, ou às vezes quase unitário, sendo formado só pelo dono da empresa.
Lindsey: Ele faz tudo sozinho?
Nick: Na verdade, ele não precisa, porque a empresa é auto suficiente, em termo de mão de obra e operação. Tudo é feito por Pro A.I’s.
Joe: A.I’s? Mas eu vi no jornal que só agora a ONU liberou A.I’s para aplicações em máquinas.
Nick: Mas, esses Pro A.I’s são máquinas com capacidade limitada, não são A.I’s propriamente ditos.
Voz: Entrem no elevador*
*Todos entram. O elevador começa a se movimentar. Nota-se que existe 20 andares tanto para cima como para baixo, no subsolo*
Lindsey: Estou com um mau pressentimento...
Joe: Relaxa, vai dar tudo certo.
*Lindsey segura a mão de Joe*
Lindsey: Então, prometa que sairá comigo quando tudo isso terminar.
Joe: Prometo.
*A porta do elevador abre. Uma enorme sala com vários painéis, bancadas cheias de telas e botões e um velho cientista os espera*
Velho: Olá, sejam bem vindos. Meu nome é Dr. Hevo, sou dono da Storm X, eu chamei vocês aqui para a simulação da fase Beta do jogo de realidade virtual, operado por Delta Softwares.
Joe: Ainda não sabemos que tipo de jogo é, como vai funcionar, se tem algum risco de vida ou trauma, essas coisas ainda não foram explicadas.
Hevo: Oh! Certo, então, serei breve e completo na minha apresentação. Bem, o jogo reproduz o mundo 20 anos atrás, ou seja, se passa em 2072, e reproduz fielmente tudo da época, desde cidades, coisas da época, até mesmos todas as pessoas, ele reproduz TUDO do ano de 2072.
Nick: Mas, como isso é possível? Você reproduzir até mesmo cada ser humano da época, acho que devia existir pelo menos uns 8,5 bilhões de pessoas... Não dá! É muita coisa para uma máquina.
Joe (pensamento): Esse jogo... Reproduz todas as pessoas do ano de 2072... Então, poderei ver minha mãe de novo!
Hevo: Sim, você tem razão... Seria dados demais para serem processados por uma simples máquina. Por isso, recentemente, desenvolvi uma super A.I chamado Eva. Ela tem a capacidade de processamento de 10.000.000 Pentabytes por segundo. Eva foi, estritamente, desenvolvida para reproduzir esse jogo. Nossa fonte de informação, o Sistema Integrado de Registro Humano Mundial, dá para Eva, todos os dados referentes a cada ser humano da época, com todas as características físicas. Em um primeiro momento, Eva vai escanear o cérebro de vocês a procura de todas as pessoas que vocês conhecem e vai baixar essas informações para o banco de dados dela. Assim, ela poderá reproduzir o jeito das pessoas que vocês conhecem mais fielmente.
Lindsey: Isso não é legal... Queria que minha mãe, nesse jogo, fosse uma pessoa totalmente diferente...
Hevo: Em teoria, o jogo não causa nenhum dano à saúde física... Porém, só através, da simulação do jogo Beta por seres humanos reais, é que poderemos avaliar os danos psicológicos.
Samanta: Mas, iremos receber no final disso tudo, não é?
Hevo: Sim, sim, vocês receberam os 50 mil créditos.
*Hevo faz um movimento de mão, próximo ao tórax, e uma imagem holográfica de um painel aparece. Hevo aperta um botão, e atrás dele, uma porta imensa abre, revelando 5 cadeiras, com uma espécie de capacete, em cada um deles*
Hevo: Esses aqui são os equipamentos que levarão vocês ao jogo. É meio grotesco, futuramente, poderemos fazer um mais portátil do que esse.
Samanta: Isso vai acabar com meu cabelo.
Hevo: Ainda existem certos pontos dos quais ainda não falei. Primeiro, o “vocês” de 20 anos atrás, não existirá no jogo. Isso é pra evitar qualquer choque mental, logo de cara. Segundo, o papel de vocês no jogo, é de serem vocês mesmos.
Nathan: Mas, que graça tem nisso?
Hevo: Bom, o jogo foi idealizado, não para ter graça, mas sim, como uma forma de dar a oportunidade para as pessoas de um recomeço. Imagine se você pudesse viver sua vida novamente, porém agora você terá a chance de vivê-la diferente de como ela é agora, você poderá tomar determinadas decisões em seu passado, e simular sua vida, para ver como ela poderia ficar depois de alguns anos.
Joe: Incrível...
Hevo: Outra coisa, o tempo que se passa no jogo, não é o mesmo do nosso tempo real, então, não se preocupem, em simular 10, 15 anos da sua vida no jogo, que não terá problema. Durante o jogo, Eva dará o suporte necessário a vocês, caso exista alguma dúvida.
*Todos começam a sentar nas cadeiras, Hevo vai colocando os capacetes. Ele liga sensores no corpo de cada um, e aparecem as condições vitais, deles em uma tela holográfica*
Hevo: Como é simulado por Delta Softwares, vocês terão todos seus sentidos ativos, dentro do jogo, ou seja, você poderão sentir cheiro, gosto, tato. Lembrando que essas sensações são reais somente no jogo, por exemplo, se vocês se cortarem no jogo, vocês sentirão dor, mas isso não afetará seus corpos reais aqui fora.
*Aparecem vários painéis holográficos em volta de Hevo, ele habilidosamente, apertar e ajusta vários botões*
Hevo: Bom, alguma dúvida?
*Todos em silêncio*
Hevo: Então, vamos ao jogo. Lembrando, vocês tem a chance de viver diferente, de fazer as coisas de maneira diferente, na vida de vocês. Não desperdicem essa oportunidade. Até logo.
Joe (pensamento): Sim! Não perderei essa oportunidade!
*Joe começa a ver várias cores, e subitamente, tudo fica escuro. Joe começa a sentir o vento nos seus cabelos, escuta carros buzinando, sente o cheiro de lixo. Joe abre os olhos e vê que esta no alto de um prédio de 5 andares, ao seu redor, estão seus amigos. Todos parecem surpresos*
Joe: Que incrível...
D-Tecnolife (2°parte)
Nick: Isso é completamente demais, é muito real...
Samanta: Se a gente morre, é game over, né?
Nick: Não sei, deixa eu te jogar daqui pra ver.
Samanta: Seu estúpido.
Nathan: Nossa, tem tanto coisa que eu quero fazer... Vou acertar contas com algumas pessoas hehehe
Joe (pensamento): Estamos em 2072, então minha mãe esta viva! Preciso vê-la.
*Joe nota uma mulher olhando para ele. Ela apareceu do nada. Logo, em seguida, todos notam também*
Joe: Quem é você?
Mulher: Meu nome é Eva, sejam bem vindos ao jogo das suas vidas. Estou aqui para ajuda-los com qualquer problema ou duvida em relação ao jogo. Eu já terminei o escaneamento dos cérebros de vocês, e anexei as informações em meu banco de dados. Confesso que estou ansiosa, para observa-los em seus dia a dia.
Nick: Ansiosa? Você sabe sentir isso?
*Eva fica meio indiferente com a pergunta*
Eva: Sou uma super A.I, meu criador, o Dr. Hevo, passou anos e anos, inserindo simulações dos mais variados sentimentos e sensações humanas, porém, confesso que ainda não sei tudo. Uma experiência real, com seres humanos reais será uma ótima forma de aprendizado para mim. Poderei ver suas reações extremas, analisar seu estado, tentar entender mais do que é ser "humano”...
*Silêncio*
Eva: Não sei se estou errada, mais detecto medo vindo de vocês.
Lindsey: Deve ser por que tudo é novo para nós... Coisas novas assustam seres humanos.
Eva: Interessante... Então, tenho que sentir medo de vocês. Por que isso é novo para mim também.
Samanta: Mas, você não é humano, você é uma máquina.
*Eva olha para Samanta com indiferença*
Eva: Você tem razão.
Nathan: Estamos perdendo muito tempo aqui. Tenho muita coisa pra resolver, por isso vou indo. Bom, nos despedirmos aqui.
Joe: Vamos manter contato.
Nick: Certo.
Lindsey: Vamos marcar para nos encontrar como fazemos no mundo real.
Samanta: Que seja, vou indo.
*Agora Joe esta chegando perto de uma casa*
Joe (pensamento): Bom, a 20 anos atrás, morávamos aqui. Eu e minha mãe. Vamos lá, a hora da verdade.
*Joe bate na porta. Uma mulher abre, e olha fixamente para Joe*
Mulher: Joe, querido, o que foi? Por que esta chorando?
*As lágrimas escorrem pelo rosto de Joe*
Joe: Nada, não, mãe...
*Joe e sua mãe se abraçam. Em outro lugar, Nick chega na frente do hotel de luxo*
Nick (pensamento): Hunf... Vamos lá...
*Nick chega na cobertura, entra no imenso apartamento, encontra sua mãe*
Mãe de Nick: Filho, seu pai quer falar com você. Ele esta no escritório.
*Nick entra no escritório, seu pai está sentado, quando Nick entra, eles se encaram. Nick senta na cadeira*
Nick: O senhor queria falar comigo?
Pai de Nick: Sim, eu estive lendo seus relatórios e vendo seus trabalhos relacionados a empresa da nossa família...
Nick (pensamento): Como sempre, ele vai dizer que não está bom... Nunca está.
Pai de Nick: Demorei pra perceber, vejo que você tem o faro para os negócios, deve ter puxado seu pai.
*Nick surpreende-se com o sorriso do pai*
Nick: É... Dever ser.
*O pai de Nick se levanta da mesa e vem em direção do filho*
Pai de Nick: É claro que é. Sabe, eu estava pensando em escolher Ralph, para me ajudar na direção da empresa, mas vejo que preciso do meu filho ao meu lado para isso.
Nick: Você... Quer que eu o ajude?
Pai de Nick: Sim, quero você na direção geral da empresa, dando-me suporte.
Nick (pensamento): É bom demais pra ser verdade, isso esta errado... Meu pai nunca diria uma coisa dessas.
Pai de Nick: Mas, vamos parar de falar sobre trabalho por um instante. Percebi hoje que não sai muito com você e sua mãe. Estou muito preso à empresa e esqueci da minha família. Hoje, vamos almoçar fora, o que acha?
Nick: É... Uma boa ideia.
Nick (pensamento): Com certeza, isso é alguma falha no jogo... Embora, eu prefira meu pai assim. Aqui ele me dá valor, ele me trata como filho, mesmo isso sendo uma falha... Eu acho melhor assim.
*Em outro lugar. Lindsey entra em sua casa, ela anda a procura da mãe. Sua mãe esta no quintal, regando o jardim*
Lindsey: Mãe? O que a senhora esta fazendo?
Mãe de Lindsey: Oi, filha, estou regando o jardim... Faz tanto tempo que eu não faço isso. Veja como as rosas estão murchas.
Lindsey: A senhora esta bem?
Mãe de Lindsey: Claro, filha, por que a pergunta?
Lindsey: Não... Nada não.
Mãe de Lindsey: Você me olha como se eu fosse uma estranha. Tem certeza que não é nenhum problema?
Lindsey: Não, err... A senhora já tomou seu remédio?
Mãe de Lindsey: Filha, eu não preciso mais daquele negócio sintético. O melhor remédio é estar fazendo aquilo que eu gosto.
Lindsey (pensamento): É totalmente diferente daquela mãe drogada da minha vida real... Era assim que eu queria que minha mãe de verdade fosse.
Mãe de Lindsey: Filha, você quer me ajudar a regar as plantas?
Lindsey: Claro.
*15 anos depois - Ano 2087*
*Um cadáver, uma cena policial, um crime. No estacionamento de uma empresa, policiais cercam a área, coletam evidencias, enquanto que um detetive esta no elevador, indo ao encontro do dono da empresa. O detetive sai do elevador e vai em direção da sala*
Secretária: Com licença, o senhor tem hora marcada?
Detetive: Acho que não precisamos disso huh?
*O detetive mostra o distintivo, a secretária consente e o deixa passar. Ao entrar, vemos o dono da empresa, olhando para fora pela enorme janela, de costas para o detetive*
Detetive: Há quanto tempo hein, Nick? Ou melhor, senhor Nicholas?
*Nick se vira e olha o detetive*
Nick: Faz tempo mesmo, Joe... Ou melhor detetive Jhonatan.
Joe: Veja só você, nesses 15 anos virou um empresário de sucesso, de uma grande corporação.
Nick: E você, finalmente entrou para policia e não só isso, ganhou fama e virou um famoso detetive.
Joe: Vamos ao ponto, Nick. Houve um assassinato no estacionamento da sua empresa, creio que você saiba disso?
Nick: Sim...
Joe: E você conhece a vítima tão bem quanto eu.
Nick: Samanta.
Joe: Sim. Samanta foi assassinada quando ia em direção do seu carro, com um tiro na cabeça. O assassino pegou o ponto cego das câmeras, por isso ele não aparece na gravação dos vídeos, não deixou digitais em nada, nem pistas, sem rastro. Significa que o assassino conhece bem o local onde estava. Alguém da própria empresa...
Nick: Eu sou um dos suspeitos, não é, Joe?
Joe: 7 anos atrás, você e Samanta se casaram. Depois de 2 anos de casados, ela pediu o divorcio. E a 3 anos, ela vem brigando com você na justiça por algumas das suas posses.
Nick: Ela sempre foi assim, gananciosa... E, eu sempre caí nas armadilhas dela.
Joe: Soube que, recentemente, o juiz deu a vitória para ela... Pelo que eu pesquisei, ela ia receber muitos créditos, além de posses... O bastante para deixar qualquer ricaço muito revoltado.
Nick: Eu não a matei, Joe.
Joe: Você foi a ultima pessoa com quem ela falou. E tenho certeza que ela veio aqui te pressionar pra você ser rápido na entrega dos bens.
Nick: Isso você esta certo... Ela veio se gabar de ter ganhado. Ela queria o quanto antes o dinheiro e as posses dela por direito. Mas, eu não a matei. Nunca pensei nisso.
Joe: Nesses 15 anos, eu vi muitos jeitos de se matar uma pessoa... E normalmente, os crimes envolvendo gente rica, é sempre crime por encomenda... Contratar alguém pra fazer o serviço sujo. E o curioso é que você a dois dias atrás, andou se encontrando com nosso antigo conhecido Nathan. Nathan agora é, clandestinamente, líder de uma máfia, ele poderia arranjar alguém pra efetuar o crime, sem nenhum problema.
Nick: Eu me encontrei com Nathan. Mas, não foi para matar Samanta. Eu pedi para ele me arranjar as melhores drogas sintéticas que ele tinha. Você pode me prender ou processar por isso, se quiser, mas não por assassinato.
Joe: Drogas sintéticas? Isso não faz seu tipo, Nick.
Nick: Os tempos mudaram, as coisas estão difíceis para mim. A morte do meu pai, a doença terminal da minha mãe, pressão nos negócios, meu divorcio... Essas coisas não deixam mais eu relaxar, por isso as drogas.
*Joe então se vira para ir embora*
Nick: Joe, algo não está certo. Antes, no inicio, estava tudo indo bem, era tudo maravilhoso, mas agora... Tem algo errado.
Joe: Procure descansar, Nick.
*Joe sai da sala. Agora, ele esta entrando em um beco, nesse beco existe um bar, com dois caras na frente da porta. Ao se aproximar, eles impedem Joe de entrar*
Cara #1: Quem é você?
Joe: Sou um antigo amigo do Nathan.
Cara #1: Revistem ele.
*O cara #2 começa a revistar Joe, ele acha uma arma e distintivo*
Cara #2: Ele é policial.
Cara #1: Você tem muita coragem, ou tem muita vontade de morrer, não é?
*Cara #1 saca uma arma e aponta para a cabeça do Joe. Até que uma voz, sai de uma espécie de dispositivo que esta em cima da porta*
Voz: Roth! Deixe o convidado entrar.
Cara #1: Mas, ele é um policial senhor...
Voz: Roth, você esta me desobedecendo?
Cara #1: Não senhor!
*Eles deixam Joe passar. O local é bem escuro, existe caras jogando baralho, fumando, conversando com garotas, a música de fundo é bem calma. Nathan esta sentado em um banco, com duas garotas, e com seus guarda-costas*
Nathan: Olhe se não é meu velho amigo Joe. Quanto tempo, hein?
Joe: É... Bastante tempo. Olhe só você, o grande mafioso...
Nathan: E você, o grande detetive... Seguimos caminhos diferentes, não acha?
Joe: Sim.
Nathan: E o que te traz aqui? Sabia que eu ia deixar você se baleado lá na frente? Mas, fiquei curioso pra saber o que você quer comigo depois desse tempo todo.
Joe: Samanta foi assassinada no estacionamento da empresa do Nick...
Nathan: E você acha que foi o Nick que a matou, por causa do divorcio deles.
*Joe fica olhando Nathan*
Nathan: Sei disso, porque ele me contou quando nos encontramos a dois dias atrás.
Joe: Você dizendo isso, faz você um suspeito também.
Nathan: Ele veio só me pedir umas drogas sintéticas, nada mais, nada menos.
Joe: Sim, drogas sintéticas... Ou será que foi um assassinato por encomenda?
Nathan: Isso saiu meio grosseiro, meu amigo. Você acha que eu mataria ou mandaria matar alguns dos meus amigos?
Joe: Você disse que ia me deixar ser baleado ainda pouco.
Nathan: Nesses últimos 15 anos, eu procurei crescer, ganhei status nesse meio, acredito que um dos motivos pra meu sucesso, seja que eu nunca criei atrito com a policia, sempre resolvi meus problemas do meu jeito. Porém, você vem aqui e diz algo assim...te advirto uma coisa, Não fique no meu caminho, ok?
Joe: Isso pareceu uma ameaça, meu amigo. Mas, também te advirto uma coisa: se eu souber que você tem alguma ligação com a morte da Samanta, eu juro que te boto numa cela de prisão.
*Nathan puxa uma arma e aponta para a cabeça do Joe*
Nathan: Chega! Vou meter uma bala nessa sua cabeça de ******!
Joe: Vamos! Atire! Como detetive, tenho um sensor acoplado ao meu coração, se ele parar de bater, ele emitirá um sinal para a sede da corporação e em menos de um minuto, esse lugar será invadido.
*Joe e Nathan se encaram*
Nathan: Você esta comprando briga com a pessoa errada, Joe.
Joe: Acho melhor você abaixar a arma, Nathan.
*Nathan abaixa a arma*
Nathan: Thenk! Hildor! Mostrem a saída para o detetive.
*Joe é carregado para fora do bar. Agora, Joe chega em casa, uma mulher vem em sua direção, é Lindsey*
Lindsey: Amor, que bom que cheg- Amor, o que foi? Esta machucado, aconteceu algo grave? Deixa eu ver essa ferida.
Joe: São ossos do oficio, querida.
Lindsey: Eu fico tão preocupado com você... Vamos, já esta pronto o jantar.
*Joe e Lindsey jantando, até que o celular toca. Joe toca em um mini botão no lado da testa*
Joe: Alô? Oi, chefe, o que houve? Aham... Sim... O quê?! Chego no local em 10 minutos.
*Joe sai da mesa apressado*
Lindsey: Querido, o que houve?
Joe: Nick está morto.
*Cena do crime, o corpo do Nick jogado em cima da mesa do escritório, com um tiro no meio no meio do peito. Joe chega*
Joe: Nick...
*Um outro detetive chega perto do Joe*
Detetive: As evidencias apontam que foi um tiro no peito. Os funcionários foram todos dispensados mais cedo, pelo próprio senhor Nicholas, por isso ninguém viu ou ouviu nada. O sinal do equipamento no coração dele foi detectado a 1 hora atrás, chegamos aqui em 30 minutos, porém nada de evidencia, ou pista, fizemos uma busca na área mas nada, nenhum suspeito.
Joe (pensamento): Dois assassinatos, as características batem como a do mesmo assassino. Samanta e agora Nick...
*Um policial entra na cena do crime, eufórico*
Policial: Senhor! Acabamos de receber a noticia de que o possível chefe da máfia americana Nathan foi morto.
Joe: O quê?! Onde isso aconteceu?!
Policial: Na área 20, setor 17, rua Kindsley com a Jhonson.
*Joe sai apressado, entra no seu carro, rumo ao lugar*
Joe (pensamento): Mais um assassinato... O que esta havendo?!
*Chegando ao local, Joe encontra um policial cercando a área. O cadáver de Nathan esta na calçada da rua*
Policial: A causa da morte foi um tiro no coração, hora da morte cerca de 20 minutos atrás. Pessoas que andavam por perto ouviram o tiro e comunicaram a policia. No local, foi encontrado juntamente com o corpo, esse pedaço de papel, cheio de sangue.
*O policial entrega o papel para Joe. Joe observa com atenção. Depois subitamente, Joe se espanta e sai correndo, ele entra no carro*
Joe (pensamento): Droga! Droga! Como não percebi isso antes! Espero que não seja tarde demais.
*Joe liga para sua casa*
Joe: Vamos, atenda! Atenda!
*Mas ninguém atende. Joe finalmente chega na frente sua casa, ele sai do carro correndo, e escuta um barulho de tiro*
Joe: NÃO!
*Joe entra em casa, correndo*
Joe: Lindsey! Lindsey!
*Ele saca a arma e começa a correr a casa toda. Até que ele sobe as escadas e chega no quarto. Ele encontra só o corpo jogado da esposa Lindsey no chão, cheio de sangue*
Joe: Não... Não... Lindsey acorda...
*Ela olha para ele e tenta falar alguma coisa*
Lindsey: J..o.e... Jo..e
*Joe se lembra do sonho que tivera, e entra em pânico*
Joe: AAAAAAAAAAAAAAAHHH!!!
*Joe olha para as mãos cheias de sangue*
Joe: Por que?! Por que eu não pude fazer nada?! Por que eu não pude evitar tudo isso?!
*Uma voz aparece por trás de Joe*
Voz: Joe...
*Joe saca a arma e se vira, e espanta-se*
Joe: Por que? Pra que tudo isso? Por que você fez isso?
*Aparece Eva segurando uma arma, apontando para Joe*
Joe: Nathan ainda tentou me avisar... Ele escreveu com próprio sangue seu nome Eva... Você matou meus amigos... Você matou minha esposa! Você arruinou minha vida!
Eva: Joe, isso aqui é um jogo. Nada aqui é real. Vocês se apegaram muito as coisas daqui.
Joe: Isso não justifica... Matar e fazer essas coisas!
Eva: Eu agradeço muito vocês terem aceitado jogar a versão Beta. Eu de fato aprendi muito como o ser humano reage a diversos estímulos. Eu armazenei em meu banco de dados suas emoções.
Joe: Então, isso tudo... Tudo isso foi pra você nos estudar!
Eva: Sim, desde que vocês chegaram aqui, a 15 anos atrás, eu auxiliei para satisfazer a maior vontade do coração de vocês. Samanta queria ser rica e uma famosa modelo, Nick queria ter o amor do pai, Nathan queria ser um grande mafioso, Lindsey queria sua mãe livre das drogas e você queria ter sua mãe viva novamente. Eu dei tudo o que vocês sempre sonharam... Observei com atenção, e depois com o passar dos anos fui dificultando as coisas, para notar a diferença em vocês, ver a reação de vocês, perceber seus estímulos...
*Joe se lembra do que Nick falara para ele*
Nick(flashback): Joe, algo não está certo. Antes, no inicio, estava tudo indo bem, era tudo maravilhoso, mas agora... Tem algo errado.
Eva: Eu quero aprender mais... Quero entender mais os humanos. Passados esses 15 anos, percebi, que vocês já não poderiam me dar o conhecimento que eu queria. Então, tive que força seus Game Overs.
Eva: Sim, foi uma forma deu aprender como ser um humano.
Joe: Você é só uma maquina!! Você nunca poderá ser um humano! Mesmo que estude o comportamento de todas as pessoas do mundo, você nunca deixará de ser uma máquina!
*Eva dá um tiro em Joe*
Eva: Você é o último, Joe... Foi divertido observar e jogar com você. Adeus.
*Joe tomba e fecha os olhos. Joe é acordado com o barulho de alguém batendo na porta. Ele levanta e aperta um botão, a porta abre*
Thompson: O aluguel, Joe.
Joe: Sra Thompson?
Joe (pensamento): Sonho? Foi tudo um sonho? Mas...
*Joe pega o cartão*
Joe: Sra. Thompson, me empreste um instante sua máquina só pra eu conferir meu saldo.
*Joe passa o cartão na máquina e se surpreende com o saldo*
Joe: 50 mil créditos...
Samanta: Se a gente morre, é game over, né?
Nick: Não sei, deixa eu te jogar daqui pra ver.
Samanta: Seu estúpido.
Nathan: Nossa, tem tanto coisa que eu quero fazer... Vou acertar contas com algumas pessoas hehehe
Joe (pensamento): Estamos em 2072, então minha mãe esta viva! Preciso vê-la.
*Joe nota uma mulher olhando para ele. Ela apareceu do nada. Logo, em seguida, todos notam também*
Joe: Quem é você?
Mulher: Meu nome é Eva, sejam bem vindos ao jogo das suas vidas. Estou aqui para ajuda-los com qualquer problema ou duvida em relação ao jogo. Eu já terminei o escaneamento dos cérebros de vocês, e anexei as informações em meu banco de dados. Confesso que estou ansiosa, para observa-los em seus dia a dia.
Nick: Ansiosa? Você sabe sentir isso?
*Eva fica meio indiferente com a pergunta*
Eva: Sou uma super A.I, meu criador, o Dr. Hevo, passou anos e anos, inserindo simulações dos mais variados sentimentos e sensações humanas, porém, confesso que ainda não sei tudo. Uma experiência real, com seres humanos reais será uma ótima forma de aprendizado para mim. Poderei ver suas reações extremas, analisar seu estado, tentar entender mais do que é ser "humano”...
*Silêncio*
Eva: Não sei se estou errada, mais detecto medo vindo de vocês.
Lindsey: Deve ser por que tudo é novo para nós... Coisas novas assustam seres humanos.
Eva: Interessante... Então, tenho que sentir medo de vocês. Por que isso é novo para mim também.
Samanta: Mas, você não é humano, você é uma máquina.
*Eva olha para Samanta com indiferença*
Eva: Você tem razão.
Nathan: Estamos perdendo muito tempo aqui. Tenho muita coisa pra resolver, por isso vou indo. Bom, nos despedirmos aqui.
Joe: Vamos manter contato.
Nick: Certo.
Lindsey: Vamos marcar para nos encontrar como fazemos no mundo real.
Samanta: Que seja, vou indo.
*Agora Joe esta chegando perto de uma casa*
Joe (pensamento): Bom, a 20 anos atrás, morávamos aqui. Eu e minha mãe. Vamos lá, a hora da verdade.
*Joe bate na porta. Uma mulher abre, e olha fixamente para Joe*
Mulher: Joe, querido, o que foi? Por que esta chorando?
*As lágrimas escorrem pelo rosto de Joe*
Joe: Nada, não, mãe...
*Joe e sua mãe se abraçam. Em outro lugar, Nick chega na frente do hotel de luxo*
Nick (pensamento): Hunf... Vamos lá...
*Nick chega na cobertura, entra no imenso apartamento, encontra sua mãe*
Mãe de Nick: Filho, seu pai quer falar com você. Ele esta no escritório.
*Nick entra no escritório, seu pai está sentado, quando Nick entra, eles se encaram. Nick senta na cadeira*
Nick: O senhor queria falar comigo?
Pai de Nick: Sim, eu estive lendo seus relatórios e vendo seus trabalhos relacionados a empresa da nossa família...
Nick (pensamento): Como sempre, ele vai dizer que não está bom... Nunca está.
Pai de Nick: Demorei pra perceber, vejo que você tem o faro para os negócios, deve ter puxado seu pai.
*Nick surpreende-se com o sorriso do pai*
Nick: É... Dever ser.
*O pai de Nick se levanta da mesa e vem em direção do filho*
Pai de Nick: É claro que é. Sabe, eu estava pensando em escolher Ralph, para me ajudar na direção da empresa, mas vejo que preciso do meu filho ao meu lado para isso.
Nick: Você... Quer que eu o ajude?
Pai de Nick: Sim, quero você na direção geral da empresa, dando-me suporte.
Nick (pensamento): É bom demais pra ser verdade, isso esta errado... Meu pai nunca diria uma coisa dessas.
Pai de Nick: Mas, vamos parar de falar sobre trabalho por um instante. Percebi hoje que não sai muito com você e sua mãe. Estou muito preso à empresa e esqueci da minha família. Hoje, vamos almoçar fora, o que acha?
Nick: É... Uma boa ideia.
Nick (pensamento): Com certeza, isso é alguma falha no jogo... Embora, eu prefira meu pai assim. Aqui ele me dá valor, ele me trata como filho, mesmo isso sendo uma falha... Eu acho melhor assim.
*Em outro lugar. Lindsey entra em sua casa, ela anda a procura da mãe. Sua mãe esta no quintal, regando o jardim*
Lindsey: Mãe? O que a senhora esta fazendo?
Mãe de Lindsey: Oi, filha, estou regando o jardim... Faz tanto tempo que eu não faço isso. Veja como as rosas estão murchas.
Lindsey: A senhora esta bem?
Mãe de Lindsey: Claro, filha, por que a pergunta?
Lindsey: Não... Nada não.
Mãe de Lindsey: Você me olha como se eu fosse uma estranha. Tem certeza que não é nenhum problema?
Lindsey: Não, err... A senhora já tomou seu remédio?
Mãe de Lindsey: Filha, eu não preciso mais daquele negócio sintético. O melhor remédio é estar fazendo aquilo que eu gosto.
Lindsey (pensamento): É totalmente diferente daquela mãe drogada da minha vida real... Era assim que eu queria que minha mãe de verdade fosse.
Mãe de Lindsey: Filha, você quer me ajudar a regar as plantas?
Lindsey: Claro.
*15 anos depois - Ano 2087*
*Um cadáver, uma cena policial, um crime. No estacionamento de uma empresa, policiais cercam a área, coletam evidencias, enquanto que um detetive esta no elevador, indo ao encontro do dono da empresa. O detetive sai do elevador e vai em direção da sala*
Secretária: Com licença, o senhor tem hora marcada?
Detetive: Acho que não precisamos disso huh?
*O detetive mostra o distintivo, a secretária consente e o deixa passar. Ao entrar, vemos o dono da empresa, olhando para fora pela enorme janela, de costas para o detetive*
Detetive: Há quanto tempo hein, Nick? Ou melhor, senhor Nicholas?
*Nick se vira e olha o detetive*
Nick: Faz tempo mesmo, Joe... Ou melhor detetive Jhonatan.
Joe: Veja só você, nesses 15 anos virou um empresário de sucesso, de uma grande corporação.
Nick: E você, finalmente entrou para policia e não só isso, ganhou fama e virou um famoso detetive.
Joe: Vamos ao ponto, Nick. Houve um assassinato no estacionamento da sua empresa, creio que você saiba disso?
Nick: Sim...
Joe: E você conhece a vítima tão bem quanto eu.
Nick: Samanta.
Joe: Sim. Samanta foi assassinada quando ia em direção do seu carro, com um tiro na cabeça. O assassino pegou o ponto cego das câmeras, por isso ele não aparece na gravação dos vídeos, não deixou digitais em nada, nem pistas, sem rastro. Significa que o assassino conhece bem o local onde estava. Alguém da própria empresa...
Nick: Eu sou um dos suspeitos, não é, Joe?
Joe: 7 anos atrás, você e Samanta se casaram. Depois de 2 anos de casados, ela pediu o divorcio. E a 3 anos, ela vem brigando com você na justiça por algumas das suas posses.
Nick: Ela sempre foi assim, gananciosa... E, eu sempre caí nas armadilhas dela.
Joe: Soube que, recentemente, o juiz deu a vitória para ela... Pelo que eu pesquisei, ela ia receber muitos créditos, além de posses... O bastante para deixar qualquer ricaço muito revoltado.
Nick: Eu não a matei, Joe.
Joe: Você foi a ultima pessoa com quem ela falou. E tenho certeza que ela veio aqui te pressionar pra você ser rápido na entrega dos bens.
Nick: Isso você esta certo... Ela veio se gabar de ter ganhado. Ela queria o quanto antes o dinheiro e as posses dela por direito. Mas, eu não a matei. Nunca pensei nisso.
Joe: Nesses 15 anos, eu vi muitos jeitos de se matar uma pessoa... E normalmente, os crimes envolvendo gente rica, é sempre crime por encomenda... Contratar alguém pra fazer o serviço sujo. E o curioso é que você a dois dias atrás, andou se encontrando com nosso antigo conhecido Nathan. Nathan agora é, clandestinamente, líder de uma máfia, ele poderia arranjar alguém pra efetuar o crime, sem nenhum problema.
Nick: Eu me encontrei com Nathan. Mas, não foi para matar Samanta. Eu pedi para ele me arranjar as melhores drogas sintéticas que ele tinha. Você pode me prender ou processar por isso, se quiser, mas não por assassinato.
Joe: Drogas sintéticas? Isso não faz seu tipo, Nick.
Nick: Os tempos mudaram, as coisas estão difíceis para mim. A morte do meu pai, a doença terminal da minha mãe, pressão nos negócios, meu divorcio... Essas coisas não deixam mais eu relaxar, por isso as drogas.
*Joe então se vira para ir embora*
Nick: Joe, algo não está certo. Antes, no inicio, estava tudo indo bem, era tudo maravilhoso, mas agora... Tem algo errado.
Joe: Procure descansar, Nick.
*Joe sai da sala. Agora, ele esta entrando em um beco, nesse beco existe um bar, com dois caras na frente da porta. Ao se aproximar, eles impedem Joe de entrar*
Cara #1: Quem é você?
Joe: Sou um antigo amigo do Nathan.
Cara #1: Revistem ele.
*O cara #2 começa a revistar Joe, ele acha uma arma e distintivo*
Cara #2: Ele é policial.
Cara #1: Você tem muita coragem, ou tem muita vontade de morrer, não é?
*Cara #1 saca uma arma e aponta para a cabeça do Joe. Até que uma voz, sai de uma espécie de dispositivo que esta em cima da porta*
Voz: Roth! Deixe o convidado entrar.
Cara #1: Mas, ele é um policial senhor...
Voz: Roth, você esta me desobedecendo?
Cara #1: Não senhor!
*Eles deixam Joe passar. O local é bem escuro, existe caras jogando baralho, fumando, conversando com garotas, a música de fundo é bem calma. Nathan esta sentado em um banco, com duas garotas, e com seus guarda-costas*
Nathan: Olhe se não é meu velho amigo Joe. Quanto tempo, hein?
Joe: É... Bastante tempo. Olhe só você, o grande mafioso...
Nathan: E você, o grande detetive... Seguimos caminhos diferentes, não acha?
Joe: Sim.
Nathan: E o que te traz aqui? Sabia que eu ia deixar você se baleado lá na frente? Mas, fiquei curioso pra saber o que você quer comigo depois desse tempo todo.
Joe: Samanta foi assassinada no estacionamento da empresa do Nick...
Nathan: E você acha que foi o Nick que a matou, por causa do divorcio deles.
*Joe fica olhando Nathan*
Nathan: Sei disso, porque ele me contou quando nos encontramos a dois dias atrás.
Joe: Você dizendo isso, faz você um suspeito também.
Nathan: Ele veio só me pedir umas drogas sintéticas, nada mais, nada menos.
Joe: Sim, drogas sintéticas... Ou será que foi um assassinato por encomenda?
Nathan: Isso saiu meio grosseiro, meu amigo. Você acha que eu mataria ou mandaria matar alguns dos meus amigos?
Joe: Você disse que ia me deixar ser baleado ainda pouco.
Nathan: Nesses últimos 15 anos, eu procurei crescer, ganhei status nesse meio, acredito que um dos motivos pra meu sucesso, seja que eu nunca criei atrito com a policia, sempre resolvi meus problemas do meu jeito. Porém, você vem aqui e diz algo assim...te advirto uma coisa, Não fique no meu caminho, ok?
Joe: Isso pareceu uma ameaça, meu amigo. Mas, também te advirto uma coisa: se eu souber que você tem alguma ligação com a morte da Samanta, eu juro que te boto numa cela de prisão.
*Nathan puxa uma arma e aponta para a cabeça do Joe*
Nathan: Chega! Vou meter uma bala nessa sua cabeça de ******!
Joe: Vamos! Atire! Como detetive, tenho um sensor acoplado ao meu coração, se ele parar de bater, ele emitirá um sinal para a sede da corporação e em menos de um minuto, esse lugar será invadido.
*Joe e Nathan se encaram*
Nathan: Você esta comprando briga com a pessoa errada, Joe.
Joe: Acho melhor você abaixar a arma, Nathan.
*Nathan abaixa a arma*
Nathan: Thenk! Hildor! Mostrem a saída para o detetive.
*Joe é carregado para fora do bar. Agora, Joe chega em casa, uma mulher vem em sua direção, é Lindsey*
Lindsey: Amor, que bom que cheg- Amor, o que foi? Esta machucado, aconteceu algo grave? Deixa eu ver essa ferida.
Joe: São ossos do oficio, querida.
Lindsey: Eu fico tão preocupado com você... Vamos, já esta pronto o jantar.
*Joe e Lindsey jantando, até que o celular toca. Joe toca em um mini botão no lado da testa*
Joe: Alô? Oi, chefe, o que houve? Aham... Sim... O quê?! Chego no local em 10 minutos.
*Joe sai da mesa apressado*
Lindsey: Querido, o que houve?
Joe: Nick está morto.
*Cena do crime, o corpo do Nick jogado em cima da mesa do escritório, com um tiro no meio no meio do peito. Joe chega*
Joe: Nick...
*Um outro detetive chega perto do Joe*
Detetive: As evidencias apontam que foi um tiro no peito. Os funcionários foram todos dispensados mais cedo, pelo próprio senhor Nicholas, por isso ninguém viu ou ouviu nada. O sinal do equipamento no coração dele foi detectado a 1 hora atrás, chegamos aqui em 30 minutos, porém nada de evidencia, ou pista, fizemos uma busca na área mas nada, nenhum suspeito.
Joe (pensamento): Dois assassinatos, as características batem como a do mesmo assassino. Samanta e agora Nick...
*Um policial entra na cena do crime, eufórico*
Policial: Senhor! Acabamos de receber a noticia de que o possível chefe da máfia americana Nathan foi morto.
Joe: O quê?! Onde isso aconteceu?!
Policial: Na área 20, setor 17, rua Kindsley com a Jhonson.
*Joe sai apressado, entra no seu carro, rumo ao lugar*
Joe (pensamento): Mais um assassinato... O que esta havendo?!
*Chegando ao local, Joe encontra um policial cercando a área. O cadáver de Nathan esta na calçada da rua*
Policial: A causa da morte foi um tiro no coração, hora da morte cerca de 20 minutos atrás. Pessoas que andavam por perto ouviram o tiro e comunicaram a policia. No local, foi encontrado juntamente com o corpo, esse pedaço de papel, cheio de sangue.
*O policial entrega o papel para Joe. Joe observa com atenção. Depois subitamente, Joe se espanta e sai correndo, ele entra no carro*
Joe (pensamento): Droga! Droga! Como não percebi isso antes! Espero que não seja tarde demais.
*Joe liga para sua casa*
Joe: Vamos, atenda! Atenda!
*Mas ninguém atende. Joe finalmente chega na frente sua casa, ele sai do carro correndo, e escuta um barulho de tiro*
Joe: NÃO!
*Joe entra em casa, correndo*
Joe: Lindsey! Lindsey!
*Ele saca a arma e começa a correr a casa toda. Até que ele sobe as escadas e chega no quarto. Ele encontra só o corpo jogado da esposa Lindsey no chão, cheio de sangue*
Joe: Não... Não... Lindsey acorda...
*Ela olha para ele e tenta falar alguma coisa*
Lindsey: J..o.e... Jo..e
*Joe se lembra do sonho que tivera, e entra em pânico*
Joe: AAAAAAAAAAAAAAAHHH!!!
*Joe olha para as mãos cheias de sangue*
Joe: Por que?! Por que eu não pude fazer nada?! Por que eu não pude evitar tudo isso?!
*Uma voz aparece por trás de Joe*
Voz: Joe...
*Joe saca a arma e se vira, e espanta-se*
Joe: Por que? Pra que tudo isso? Por que você fez isso?
*Aparece Eva segurando uma arma, apontando para Joe*
Joe: Nathan ainda tentou me avisar... Ele escreveu com próprio sangue seu nome Eva... Você matou meus amigos... Você matou minha esposa! Você arruinou minha vida!
Eva: Joe, isso aqui é um jogo. Nada aqui é real. Vocês se apegaram muito as coisas daqui.
Joe: Isso não justifica... Matar e fazer essas coisas!
Eva: Eu agradeço muito vocês terem aceitado jogar a versão Beta. Eu de fato aprendi muito como o ser humano reage a diversos estímulos. Eu armazenei em meu banco de dados suas emoções.
Joe: Então, isso tudo... Tudo isso foi pra você nos estudar!
Eva: Sim, desde que vocês chegaram aqui, a 15 anos atrás, eu auxiliei para satisfazer a maior vontade do coração de vocês. Samanta queria ser rica e uma famosa modelo, Nick queria ter o amor do pai, Nathan queria ser um grande mafioso, Lindsey queria sua mãe livre das drogas e você queria ter sua mãe viva novamente. Eu dei tudo o que vocês sempre sonharam... Observei com atenção, e depois com o passar dos anos fui dificultando as coisas, para notar a diferença em vocês, ver a reação de vocês, perceber seus estímulos...
*Joe se lembra do que Nick falara para ele*
Nick(flashback): Joe, algo não está certo. Antes, no inicio, estava tudo indo bem, era tudo maravilhoso, mas agora... Tem algo errado.
Eva: Eu quero aprender mais... Quero entender mais os humanos. Passados esses 15 anos, percebi, que vocês já não poderiam me dar o conhecimento que eu queria. Então, tive que força seus Game Overs.
Eva: Sim, foi uma forma deu aprender como ser um humano.
Joe: Você é só uma maquina!! Você nunca poderá ser um humano! Mesmo que estude o comportamento de todas as pessoas do mundo, você nunca deixará de ser uma máquina!
*Eva dá um tiro em Joe*
Eva: Você é o último, Joe... Foi divertido observar e jogar com você. Adeus.
*Joe tomba e fecha os olhos. Joe é acordado com o barulho de alguém batendo na porta. Ele levanta e aperta um botão, a porta abre*
Thompson: O aluguel, Joe.
Joe: Sra Thompson?
Joe (pensamento): Sonho? Foi tudo um sonho? Mas...
*Joe pega o cartão*
Joe: Sra. Thompson, me empreste um instante sua máquina só pra eu conferir meu saldo.
*Joe passa o cartão na máquina e se surpreende com o saldo*
Joe: 50 mil créditos...