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Post by JP Vilela on Jan 15, 2014 19:42:48 GMT -5
- Tijolos claros... - falava em um tom meio rouco.
DuVirgil a encarou por alguns segundos. Agora algumas coisas começavam a se explicar, ao mesmo tempo que outras questões começavam a surgir. Talvez ela o tivesse enfeitiçado logo da primeira vez que se conheceram, poderia ser por isso que a musicista era tão irresistível.
O pedido da moça foi estranho por uma fração de segundos, mas logo que começava a ligar os pontos mais uma vez, algo tornava-se cada vez mais claro. Ela de alguma maneira já sabia o tal detalhe dos tijolos, e provavelmente já sabia algo mais sobre aquele lugar que o humano desconhecia. Outra grande questão agora seria quem... ou o que ela era na realidade: Uma feiticeira? Uma bruxa? Seria como a Nyx?
Talvez tivesse seus motivos para esconder aquele tipo de habilidades, o mercenário já havia dado brechas para ela o matar se assim quisesse. Então, daria o benefício da dúvida. Mesmo desconfiando dela, faria o que estava pedindo. Qualquer coisa para sair daquele lugar maldito.
- ...Cla...claro Lunara, vou ver se acho... - completou indo em direção a parede mais próxima investigar.
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Post by Dona Ursa on Jan 19, 2014 9:36:32 GMT -5
-Muito obrigada.- agradeceu sem tirar os olhos de seus pés para ter certeza de que tudo ainda estava bem.
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Post by moonlance on Jan 19, 2014 22:55:32 GMT -5
VirgoVocê se aproxima da parede da direita, em relação ao ponto de vista da Apsara - algum ser ou entidade desconhecida de você; certamente não um Elfo, mas algo mais misterioso. Você raciocina que, se Xerfos aceitou de algum modo a presença dela em seu Chalet, é porque não deveria ser alguém muito terrível. Em suma, deveria ser alguém como Nyx, para o seu miserável julgamento: "Uma não Humana, e de poderes mágicos." Queria você saber mais a respeito dela... não tanto de sua espécie - pois você pouco compreenderia, e se para alguma coisa você não tinha boa memória, eram para essas 'coisas sobrenaturais': por mais que se esforçasse, nunca conseguia reter nada direito sobre coisas místicas ou do oculto, e isso incluia seres fantásticos. Sempre acabava fazendo algum tipo de confusão inadequada. Por isso, preferia não tentar entender; ou entender apenas o essencial: 'matam-se' (mostros) ou protegem-se (pessoas)'. Você a primeira vista não enxerga nenhuma anomalia de cor na ampla parede composto de grandes blocos de arenito, ásperos e umedecidos, e num tom amarelado-claro, saturado pela luz globular incandescente não muito longe de você. Mas com a perseverança, você começava a olhar fixamente para a parede, até que começa a perceber que um bloco parece mudar de cor...! Ele de repente parecia claramente mais claro do que antes; quase um amarelo pálido...! Deveria ser aquilo que Lunara buscava...! Você se aproxima e o bloco, na realidade, 'desaparece' de sua visão - mais algo que você nunca compreenderia...! - e, como que atrás de um vidro translúcido, você enxerga um...... painel.......! Havia lá naquela 'concavidade' de bloco, algumas pequenas....... 'formas geométricas em baixo-relevo', também constituídos de rocha arenosa, como inscrições em negativo; mas eram formas bem simples: 3 quadrados dispostos um do lado do outro; a área superficial de cada quadrado era do tamanho da palma de sua mão. O que fará? Você tenta não desviar muito os olhos da porção da sala onde está Lunara... Você sabia que aquelas baratas vinham daquele túnel imundo a uma velocidade halucinante...!
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Post by moonlance on Jan 19, 2014 23:02:09 GMT -5
Lunara
Aparentemente, o Humano mercenário Virgo parecia ter realizado sua descoberta... Mas você estava preocupada demais com seus pés - e por que não dizer, sua tornozeleira valiosa -, para prestar muito atenção no que ele fazia...! Ser ambidestra não significava que conseguia pensar e agir ao mesmo tempo em todo tipo de situação!
Quanto ao fracasso de seu plano anterior, era muito simples e voce logo percebe: Não havia vida vegetal naquele Porão - exceto talvez pelas sementes e frutas que carregava em sua bolsa...! Então, sua magia era tão poderosa quanto haveria daquela matéria-prima ou espíritos aliados. Ainda assim, não é que sua ponte vegetal não funcionasse: ela apenas não era tão segura quanto você gostaria.
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Post by JP Vilela on Jan 20, 2014 14:28:44 GMT -5
Se não estivesse tão assustado com as possíveis arapucas misticas daquele lugar, o humano já teria tentado pressionar alguma daquelas marcas para ver o que aconteceria, mas da ultima vez que tentou interagir com algo aparentemente inofensivo quase tinha perdido sua mão... ou morrido de um enfarte, o que acontecesse primeiro. Dessa vez seria mais cauteloso:
- Achei! ...eu acho... hhumm.. - pigarreava - Bem, tem três... inscrições? Como se fossem quadrados, um do lado do outro, em baixo relevo... Sabe o que isso pode significar, Lunara?
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Post by Dona Ursa on Jan 20, 2014 15:13:14 GMT -5
- Achou!? - indagou com surpresa, não tinha certeza de que ele realmente encontraria algo. Padma franziu o cenho ao ouvir a explicação do mercenário. Gostaria de saber o que significava aquilo que ele estava vendo, mas também desconhecia o significado das inscrições e não as enxergava de onde estava.
- Eu sinto muito. Eu não sei. - respondeu em um tom lamentoso, tentando dar uma espiada para a direção em que o sujeito estava, mas sem tirar a concentração daquilo que estava fazendo - Tente pressionar os três quadrados. - agora que lembrava melhor das palavras de Tanith esperava que eles funcionassem exatamente como ela tinha dito.
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Post by JP Vilela on Jan 20, 2014 15:52:46 GMT -5
- Tudo bem... tudo bem - murmurava.
O mercenário ouvia as palavras da moça. Não sabia como proceder em uma situação como aquelas, então iria tentar fazer o que ela pedia... mas qual deveria tentar pressionar primeiro?
Realmente, estava bem nervoso com aquilo. Deslizou sua mão esquerda sobre o quadrado que estava no centro, engoliu seco, e o pressionou.
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Post by moonlance on Jan 20, 2014 17:29:23 GMT -5
Virgo pressiona com os dedos da mão a pequena lajota de pedra, que afunda brevemente, alarmando-o; e então, um súbito ruído de mecanismos rochosos ou metálicos faz vocês saltaram sobre o piso............!
Um prolongado deslocamento ruidoso começava a fazer o chão vibrar, levemente, sob os pés de vocês - para Virgo, aquilo não se comparava com de modo aglum com aqueles 2 eventos cacofônicos colossais da caverna, então, não estava tão assustado -, e então, de repente, o piso paralelo à borda da fissura, do lado em que está Virgo, começa a afundar...........! Afundava constantemente, mas do lado direito, ia deixando degraus mais altos, gradativamente.........! Eram degraus curtos, estreitos e altos....... degraus perigosos que davam vertigem, e que desciam para o fundo do obscuro abismo até se perderem de vista.....!! Quando tudo tinha terminado - o que não teria levado talvez mais do que 15 segundos - tudo voltava a ficar silencioso novamente.
Aquele foi o efeito produzido por aquele 'botão' do meio ter sido pressionado.
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Post by JP Vilela on Jan 20, 2014 18:15:30 GMT -5
Descer... não, definitivamente ele não gostaria de descer a escuridão. E deixar a musicista sozinha lá do outro lado, uma coisa que passava longe de ser do feito do mercenário. Quem poderia saber o que haveria lá embaixo, ainda temendo aquela estranha impressão de que não estavam sozinhos por ali.
Assim que pode, voltou a pressionar o quadrado central, na esperança de reverter o que tinha acabado de fazer.
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Post by Dona Ursa on Jan 20, 2014 18:25:36 GMT -5
- Para baixo...? - exclamou para si mesma, curiosa para saber o que poderia haver abaixo de toda aquela escuridão, mas definitivamente era um lugar de que ela não iria gostar, tão profundo na terra, tão obscuro... Descer ali só se pudesse enxergar algo. Não importava. O que ela precisava era se livrar das brumas e se demorasse demais para achar outra solução teria mesmo que atravessar a perigosa ponte de videiras.
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Post by moonlance on Jan 20, 2014 19:14:45 GMT -5
Ao pressionar novamente sobre o quadrado do meio, o mesmo afunda, e logo em seguida, num processo similarmente rápido, as escadarias começam a subir e se transformam de volta na borda da fresta..........!
Definitivamente, não desceriam ali tão cedo...! Se é que desceriam algum dia. Precisavam achar outra alternativa, e Lunara já estava começando a demonstrar cansaço por manter sua magia dos 7 Ventos contra as brumas maléficas; observando melhor, como ondas de medo, as mesmas queriam se apoderar da área ao redor da moça...! Era assustador, mas seus braços voláteis cinzentos eram sempre decepados pelas correntezas que a Apsara controlava.
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Post by JP Vilela on Jan 20, 2014 22:18:56 GMT -5
Aliviado que nada de terrível havia se erguido das profundezas junto com os degraus rochosos, o mercenário olhava preocupado para onde a moça estava. Mas qual acionar em seguida? Não fazia muita ideia. Mas era bom que um daqueles dois revelasse alguma saída daquele local.
- Esse foi o quadrado do meio... - informava - Vou tentar os outros...
Falou pressionando ao acaso a forma que estava do lado esquerdo do quadrado central, talvez o fato de ser canhoto tivesse alguma influencia naquela escolha, ou talvez... alguma outra coisa.
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Post by Dona Ursa on Jan 20, 2014 22:51:20 GMT -5
- Ten-te. - respondeu ofegante.
Usar aquela magia da forma constante com que estava realmente lhe deixava cada vez mais exausta. Nem se lembrava mais da última vez que tivera que utilizar magia por um período de tempo mais longo. A cada instante que se passava Padma percebia mais e mais o quão estava enferrujada naquelas artes mágicas.
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Post by moonlance on Jan 20, 2014 23:41:16 GMT -5
Pressionando o botão do meio, uma luz de esperança ilumina os olhos de Lunara...! No canto da sala, próximo às caixas e madeiras velhas e podres, um novo ruido de engrenagens e fricção de rocha se faz ouvir, e agora, degraus suspensos extrudem-se da parede do fundo, começando a subir regularmente do canto esquerdo inferior esquerdo da sala até o canto superior direito - derrubando todo o lixo que havia apoiado por aquele lugar...!! Aquilo deveria ser sinal de que aquele caminho não era usado a um bom tempo.........! Mas não era tudo; uma laje no canto do teto se abria, escorregando lateralmente, bem sobre os últimos degraus... e de lá, parecia vir uma luz mais clara e mais pura, e também um pouco de vento suave e menos denso.
No entanto, nenhum sinal de ponte, para o desespero dos dois...! Não se sabia quem estava mais ansioso ou aflito: se Virgo ou se Lunara...!
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Post by Dona Ursa on Jan 21, 2014 7:54:52 GMT -5
Ver aquela que deveria ser a saída daquele lugar fez com que Lunara ficasse levemente mais tranquilizada, poderia ter sentido-se totalmente aliviada se ainda não temesse as brumas perto dela. De quem era a ideia de cultivar brumas maléficas e aproveitadoras em um porão? Ela não iria mais agarrar os delicados tornozelos da Apsara, disso ela tinha certeza, mesmo que já estivesse sentindo o cansasso em seu corpo.
- A-ainda tem mais um quadrado? Pressione-o, por f-favor. - tentava pedir de uma forma serena e gentil, apesar da ansiedade e de seus temores. Tinha que ser aquele último mecanismo!!
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