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Post by JP Vilela on Jan 5, 2014 18:05:31 GMT -5
O mercenário se aproximava da porta, não sabia o que haveria lá dentro e não estava disposto a começar a lutar por qualquer motivo dúbio. Se entrasse se esgueirando lá, daria motivos para o provável dono do lugar reagir agressivamente. Então, o que faria? Parou a poucos metros da entrada e coçou a cicatriz de seu queixo. Olhou para Lunara, que se aproximava dele:
- Então senhorita, quer que eu vá verificar primeiro, ou quer vir comigo? - sussurrava.
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Post by Dona Ursa on Jan 5, 2014 18:11:43 GMT -5
- Irei com o senhor! - respondeu com animação, enquanto vasculhava a bolsa, querendo ter certeza se o objeto que lhe fora entregue era o mesmo que ganhara antes.
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Post by JP Vilela on Jan 5, 2014 18:19:09 GMT -5
- Tudo bem, se as coisas ficarem perigosas lá dentro... apenas tente se manter segura. - sussurrou.
Então andou em direção a porta com a mão esquerda sobre a maçã de sua espada. Empurrou levemente a porta e falou de maneira alta e clara:
- Olá? Tem alguém ai? - Perguntou esperando algum tipo de resposta.
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Post by moonlance on Jan 5, 2014 20:10:01 GMT -5
Virgo, Lunara Primeiro, Lunara constata de fato que tinha recém recuperado o cristal que lhe havia sido emprestado pela misteriosa garota...! Agora, vocês se aproximam da entrada, e notam que porta estava mais aberta do que antes... talvez o vento a tivesse empurrado...? Vocês sobem os poucos degraus principais, e espiam a abertura vertical, a partir da pequena e escura área de entrada... Havia um imponente hall - e para Lunara, estava surpreendentemente limpo de tralhas desde a última vez...! Parece que deu uma esvaziada e o lugar agora parecia mais amplo do que antes...! -, com algumas poucas e esparsas grandes caixas, móveis, barris e sacos de pano cheios espalhados, e em ao fundo havia um par de escadarias laterais que levavam a um parapeito com, atrás, portas duplas de madeira pesada e cuidadosamente talhada em adornos...! Havia uma lareira do lado esquerdo, e grandes janelas elevadas ao redor das paredes altas...! Mas os ruídos como pesadas batidas surdas vinham de um canto da sala em particular...! Do qual parecia brotar do chão, e mesclado à rocha do piso cinzento, uma grande massa disforme de areia ou de pedra do piso... levemente com aspecto humanoide; a 'coisa' se mexia sozinha, e atirava barris e sacos pesadíssimos contra as paredes e o teto, e contra outros objetos da sala também, quebrando e destruindo tudo que podia...! Grãos de cereais diversos se espalhavam num show pirotécnico ao rasgar dos sacos... madeiras se estilhaçavam ao contato da madeira com a rocha...! Vinho ou outros líquidos estranhos explodiam naquela operação bárbara e assustadora...........! Vocês se sentem inclinados a cerrar porta e saírem correndo, se observar aquela magna e semi-disforme criatura se mexendo com força sobrenatural não fosse algo de grande interesse para os seus olhos......! "Blam!", Broum!, faziam os barulhos dos destroços!! De repente, um ruído de uma janela se abrindo lá em cima dentro da sala... e vocês ouviam uma voz masculina alta, enquanto uma pequena figura surgia com o busto, e olhava com a cabeça para o interior do hall...! O sujeito dizia, com um tom de certa indignação: - Como fáço parra me livrrarr dessos coisas...?!?Ele tinha um sotaque estranho; com os 'R' guturais forçados e vogais bem definidas; para Virgo, era um sotaque que lembrava alguém das terras de Grahmdenvor*. De repente, o sujeito, que aparentemente tinha ter um tufo de cabelos espetados de um tom ruivo-claro e que lhe descíam até a altura dos ombros pelo menos, erguia um braço e apontava o dedo indicador na direção do ser pedregulhoso......! De repente, um raio brilhante verde-claro descreve tortuosa e vagarosamente a trajetória entre a ponta de seu dedo e o ser do piso, e ele de repente explode em pedacinhos..... e desaparece... como que desintegrando-se e só sobra um monte de pó de cimento no chão...! Depois de isso encerrado, e o sujeito olha na direção da porta, e percebe a presença de vocês... Ele diz, com um certo tom de humor ou curiosidade: - Órra! Mas... Vejam zó...! - Parecia relativamente animado. *sotaque franco-germânico
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Post by Dona Ursa on Jan 5, 2014 20:28:16 GMT -5
Logo após presenciar a cena, Lunara afastou-se da porta, desceu os degraus e voltou para a companhia da grama à alguns metros de distância da casa. Não estava preparada para lidar com algo assim. Aquela magina lhe pareceu perigosa demais.
Ficara impressionada e nem um pouco agradada pelo espetáculo fornecido pelo homem de sotaque esquisito. COmeçou a andar em círculos e bater os dedos de unhas longas e negras uns nos outros, pensando se deveria dar o fora dali ou descobrir quem era aquele. Agora desejava que houvesse encontrado apenas a criança ali dentro.
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Post by moonlance on Jan 5, 2014 20:39:41 GMT -5
Lunara Ao lembrar da garota, você se lembra também de suas palavras: ela falava de um 'Mentor'.
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Post by moonlance on Jan 5, 2014 20:47:42 GMT -5
Virgo Pensando em casa de chocolate e contos de fadas... você fica até um pouco apreensivo...! Será que você não estimou corretamente e agora ambos vocês corriam grande perigo...? A casa era um repouso tão atraente quanto aquele jardim...! Talvez fosse coisa de bruxas......? Ou talvez de bruxos...?
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Post by JP Vilela on Jan 5, 2014 20:48:47 GMT -5
Um tanto relutante o Mercenário tentava ser amistoso com o "Bruxo". Estaria muito mais chocado com todo aquela demonstração de poder... se nunca tivesse testemunhado "magica" em sua vida.
- Olá? O senhor é o dono dessa propriedade? - Inquiriu sem se afastar muito da saída.
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Post by Dona Ursa on Jan 5, 2014 20:49:59 GMT -5
Será que era o tal mentor por ela mencionado? Qual era o nome que a criança lhe mencionara mesmo? Xerxes? Shenon?
Queria descobrir se aquele homem esquisito era mesmo o "mentor", mas estava com medo de ir descobrir. Para tentar acalmar um pouco de sua agitação nervosa, Lunara tirou da bolsa sua harpa e a segurou, como antes, contra o peito.
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Post by moonlance on Jan 5, 2014 21:07:33 GMT -5
- Zou, sim! Pódi-zi dizerrr que sim! - Dizia o bruxo, com um sorriso no rosto que tentava ser amigável, apesar de estranho ou um pouco exagerado demais. - Apezarr di quê... -Coçava a testa franzindo rapidamente as sobrancelhas - ... Parra fallarrr a verrdádi a você, isto é máish cômu umma zimullaçáô...! Íshtu é: eu não mórru aqui ejatamêênntchi...! Eu mórru lá em báichô na zidádi...! Mas mantênhu êshti llugarrr como rrepérrrrtórrrio......! Pêrdonn... - Fechava a janela, e logo em seguida, as grandes portas se abriam e delas ele surgia, como que por mágica, já que a janela de onde ele olhava antes era vários metros longe das portas duplas...! Reaparecendo, o suposto bruxo diz: - Descúllpim-me pôrr minha impollidêzza! Non zzabía que tinha vizitáshh...! Minha nômi é 'Xerfos'. Zzejam bem vínduss, zi xegárrrôn aquí, é porrrque tivérrrônn muiitá zooorrte! - Completava então, vendo Lunara se afastar: - Ah...! mademoiselle, nôn tenha mêdú...! Erra que minha larrrêeerrra tinha ficáadu abérrrta...! E entôn elêsh si apprrovêitárrrrôn para entrárrr...! Mas aqui é un ambiênntchi totalmêntchi sêgúrrro...! -Embora a real natureza do sujeito chamado 'Xerfos' fosse desconhecida de vocês, o seu jeito de se comportar parecia educado, e era até engraçado ouvi-lo falar...! No entanto, era tudo muito súbito.
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Post by Dona Ursa on Jan 5, 2014 21:29:44 GMT -5
Se recompôs rapidamente ao perceber que o homem estranho estava falando com ela lá de dentro da casa.
- Então essa sua lareira não deveria ser aberta jamais. - indagou, olhado para o interior da casa pelo canto dos olhos, desconfortável por Xerfos ter lhe dirigido a palavra de tão longe.
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Post by moonlance on Jan 5, 2014 21:45:24 GMT -5
- Bem... o senhôrrita tem tôdo razzôn...!! - Colocava a mão no queixo - Íshtu é... Enquanto ásh côizásh non rretorrrnárrrem ao norrrmáll pôrr aquí...!! - Levantava a mão com o dedo, como que se tivesse tido uma brilhante ideia. Ele então começava a descer as escadarias do hall, em direção ao centro do mesmo; tossia para limpar a garganta: - Pôish bêm...! Convídu vocêish parrrra um caffê da tárrdi...! - Abria os braços e sorria largamente, como se fosse um grande momento...! Xerfos na realidade era um sujeito muito diferente de tudo que jamais tinham visto...! Ele não era mais alto do que uma criança... ! Era magro, então suas proporções eram, definitivamente, os de uma criança, e ele inclusive tinha um rosto jovial, e não de adulto ou velho; vestia longos robes de um azul-abissal, de um mágico. Tinha grandes olhos arregalados, sempre atentos; e parecia ter gestos bastante amplos e imprevisíveis, hora agitados hora calmos; mudava de expressão facial rapidamente, era como se seu rosto rechonchudo fosse uma grande caixa de surpresas...! Mas era divertido vê-lo e ouvi-lo...! Isso lembrava a Virgo um pouco aquelas histórias de Gnomos...! Mas seria mesmo algo assim...?
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Post by JP Vilela on Jan 5, 2014 22:06:58 GMT -5
Ainda relutante e desconfortável com a extrema recepcionalidade e agora com a aparência do sujeito, o mercenário olhava para ele, e virava sua cabeça para ver onde Lunara estava, e a linda moça estava do lado de fora, como havia combinado. "Ela foi esperta", pensou.
Não era das histórias de Gnomos que ele lembrava, e sim da bruxa e a casa de doces. A situação estava quase que idêntica! O humano engolia seco. O que deveria fazer? Era tudo tão, mais tão suspeito, a atitude de Xerfos, o lugar e agora aquele convite. Parecia agora entender a cara que as pessoas faziam quando se deparavam com o próprio Virgo fazendo atos de bom grado a troco de nada, a sensação de ser algo bom demais vindo de uma pessoa altamente suspeita. Poderia dar qualquer desculpa esfarrapada, e sair dali... acampar no relento e seguir viagem não se sabe para onde... Mas algo lhe manita engajado em descobrir o que era aquele lugar. O que havia acontecido com Nyx? O destino de Aurora e dos outros perdidos na caverna, e por fim, o que havia acontecido consigo mesmo. Sim, se conseguisse extrair algumas respostas, ou pelo menos pistas seria desse bruxo. Afinal, não havia zigurates jorrando sangue e esqueletos enfeitando as paredes. Não poderia ser tão ruim assim... não é?
- Se... Seria muita falta de edução recusar... senhor Xerfos. - tentava manter um sorriso amigável. - Me chamo Virgo - acenava com a mão amistosamente - hhumm... antes de do café... eu... eu poderia falar com minha amiga ali fora um momento?
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Post by moonlance on Jan 5, 2014 22:25:50 GMT -5
- Clárrro..! Clárrro! - Dizia, balançando bastante sua mão no aperto - O prazzêrr é mêu, Sr. Vírrrgu...! Você póddi nôn imaginnarrrr, mas muito eshperrrêi pelo vijita de pesshôáshh quã vièrrrôn di tôôÔN lôngi....! -
Aquelas palavras lhe eram... implacáveis...! - mesmo sem a forte intonação. Você estava definitivamente querendo participar daquele 'café da tarde'... - contanto que você não se tornasse o próprio café, é claro...! Mas depois de tudo que passaram... você acredita que talvez um jardim como aquele é mais propenso a abrigar almas boas do que... o contrário. Mas não consegue deixar de lado suas histórias de contos. Mas você também não deixa de se lembrar do famigerado 'Bruxo', do qual os Zhoraks falavam... Seria ele o tal 'Bruxo'...?? Isso seria muito mau... contanto que os Zhoraks estivessem certos é claro...! Sua mente delira em confusões e perspectivas sem fim.
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Post by moonlance on Jan 5, 2014 22:32:03 GMT -5
Xerfos descreve um meio-círculo com a mão esquerda, e a partir de então, ruídos de vento começam a circular dentro do amplo e alto hall, e os objetos começam a balançar e se a dispôr - como que por mágica - ordenadamente; juntando as sementes desepejadas, limpando as carcaças de caixas quebradas... De repente, todas as coisas estavam ordenadas e o hall limpo. Havia até um piano de cauda que tinha sido posto num canto - o mesmo de onde tinha surgido do piso a criatura que tinha sido... erradicada.
- Vôu collôcáarrr um pouco de órrrdên pôrr aquí...! Estâmoss êm rrreffórrrma, zábem...! - Não parecia muito incomodado com a presença de estranhos em sua casa, a medida em que ia gesticulando e ajeitando e dispondo melhor um que outro objeto decorativo na sala; tipo vasos de plantas ou estatuetas de madeira ou metal, que estavam arquivados dentro de caixas... Aquilo que fora destruído pela anarquia da criatura e que não poderia mais ser reaproveitado, fora varrido por entre um buraco perto de uma parede.
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