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Post by JP Vilela on Feb 10, 2014 13:36:34 GMT -5
Virgo
As palavras da voz soavam como um deboche, mas era difícil se irritar em uma situação tão desesperadora.
- "Ele"... quase sobre... - Procurava a fera desesperado - Minha ultima chance?! O qu.... Arhhg!! - estava difícil de raciocinar - Vo... Você pode me tirar daqui? - inquiria desesperado.
Aquela coisa, seja lá o que fosse foi capaz de transportar Nyx... agora ele se lembrava. Talvez conseguisse o ajudar.
- Pode me ajudar?! Por favor! - suplicava tentando concentrar-se.
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Post by moonlance on Feb 10, 2014 13:47:57 GMT -5
Petkas A grande coruja observava sem grande interesse você escalar o tronco aos saltos; não parecia preocupada. O bico do animal parecia estar voltado para o chalet. Então, a coruja dizia:
- Os animais inteligentes vigiam sua própria morada.
Era uma frase enigmática, para uma criatura que você, a primeira vista, julgava ser normal - exceto pelo tamanho incrível daquela ave noturna.
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Post by moonlance on Feb 10, 2014 14:12:20 GMT -5
VirgoA voz então respondia: - Não posso 'tirá-lo' daí. Mas agora que você me convocou, posso afastar o perigo - por um tempo. - Dizia calmamente, como se a perda de tempo naquele exato momento não fosse significar sua morte imediata...! Nisso, você enxerga - jurava que estava vendo com seu olho direito e não com o esquerdo...!! - surgir uma massa disforme gigantesca de brilho azulado se levantando de seu lado e levando junto sua espada num.... braço luminoso...! Aquele gigante ser vibrante de energia clara e translúcida iluminava o caminho a sua frente - do pouco que podia ver ao erguer mal a cabeça -, através da sacada, e você podia observar que a terrível besta das sombras, de pelos eriçados como um grande 'lobisômen' de histórias horripilantes, dava imediatamente um salto para trás, ao ver aquele gigante de luz azulada, muito maior do que ele mesmo, se postar diante da besta e de você...! Você ouvia um grunhido gargarejante, profundo, vindo da direção da criatura negra, e parecia relutante em avançar, então numa rápida troca de 2 ou 3 golpes incomprensíveis, segue que aquela besta das sombras urra e sai correndo para dentro do chalet, de volta para a escuridão - pois o lado externo tinha ficado iluminado com a presença do 'guardião', que ali ficava de pé, e punha solenemente a espada ereta centrada a frente de sua cintura, segurando o cabo numa pose de armaduras montadas sem o soldado dentro... Ali permanecia imóvel, e em silêncio; vibrando energeticamente, porém estático, dormente. Você via o resto da sacada através da gigantesca forma energética - mas somente com seu olho direito podia enxergar aquela luz...! De seu olho esquerdo, via apenas a escuridão tanto da noite do céu enevoado, e um pouco mais de luz de velas, vindas de dentro da sala de estar... O vento contiuava soprando. Você sangrava, e estava muito mal, não conseguia se mexer; além disso, os entulhos eram pesados e estavam sobre você...! De repente, você ouve barulhos de coisas batendo e quebrando dentro chalet...! Em seguida, ouve uma voz feminina aguda, assustada e muito séria: - Mas... Mas o que é isso.. C-cadê o pessoal.......?!? L-Lunar.....?? - Você reconhece, finalmente, a voz de Tanith; mas sua fala solitária é interrompida por um estrondoso quebrar de móveis, revirar de madeiras, sofás, ou tudo que você podia imaginar que estivesse estourando dentro daquele aposento...; segue-se um grito de terror daquela Pequena............ - Aaaaaaaaaahhhhhhh!!!!! - e mais ruídos de quebradeira............! Segundos depois, tudo volta a ficar silencioso....... Para um novo receio seu...!
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Post by JP Vilela on Feb 10, 2014 14:44:57 GMT -5
Virgo
Ao escutar aquele grito sua expressão tornou-se ainda mais devastada, se é que isso fosse possível.
- Não!!! - Urrava tentando sair dos entulhos - NÃO! NÃO! NÃO! NÃO! – Berrava e grunhia inconformado se esforçando para continuar acordado, mas estava começando a ficar muito difícil. Estendia seu braço, que agora parecia pesar uma tonelada, tentando agarrar sua espada.
Uma lagrima escorria do olho funcional, enquanto rangia os dentes em desespero total. Imaginar a pequena sendo devorada por aquela besta fazia seu sangue gelava muito mais do que pensar que daqui a alguns momentos, sangraria até seu coração parar de bater.
- VOCÊ PRECISA AJUDAR ELA!! – ordenava desesperado, estava grato por aquele ser ter o protegido, mas ainda não era o suficiente! - Eu... Ahg!! Eu... não consigo sair daqui! Vo... Você... você... precisa... salvar a garota... – terminava de falar já se sentindo ainda mais tonto, e pendendo para um dos lados.
Por que aquilo foi acontecer? Perguntava-se enquanto caia sem forças.
Era tudo sua culpa, ele tinha baixado a guarda mesmo sabendo que aquela moradia estava com um buraco na parede. "Você foi preguiçoso Virgo, em vez de se preocupar com o que o Orc idiota fez, você preferiu ficar deitado com uma mulher em seu colo!! E agora não só você vai morrer por causa disso, como aquela menina morreu e se Lunara estiver naquela casa ela também vai morrer! Se ela já não estiver morta... você não serve nem para montar guarda, nem para nada... e agora, você vai pagar o preço!!" Culpava-se enquanto olhava fixado para a escuridão do lugar.
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Post by moonlance on Feb 10, 2014 14:59:31 GMT -5
Virgo No entanto, para seu desespero, a entidade mágica, nada respondia - e não um dedo mexia; permanecia firme naquela mesma posição guardiã, como se tivesse recebido uma única e incontornável ordem. Ou a entidade ignorava você e seus sentimentos totalmente, ou ela não tinha como voltar atrás...!
Sentindo grande raiva e lástima por tudo, você tentava desenvolver alguma saída física; mas entendia que seus ferimentos tinham sido fatais...! Se saísse dali, não seria sem ajuda, ou não seria de imediato;... ou não seria com vida...! Mas aquela garota...? Aquela... CRIANÇA...?!? .................
De repente, você ouve novos ruídos, e um gargarejar, tossindo, passos leves correndo e acredita, numa breve intuição, ter entendido que um pequeno corpo escuro se atirava rente à sacada, vindo do lado de dentro...... Você então começava a ouvir sons mais nítidos: Uma respiração ofegante e veloz, de uma menina, um soluçar cuspido, com saliva, catarro - ou pior - 'escorrendo'; um soluçar tímido, baixinho - uma dificuldade tremenda até para chorar...! Esses ruídos lastimáveis, de gelar o coração de um ser humano digno, vinham do lado oposto ao seu, da sacada; certamente, uma vítima - ainda sobrevivendo talvez em seus últimos instantes de vida -, de um horrendo trauma inefável........ e incapaz de pronunciar uma única palavra sequer, num total desespero pela sobrevivência mais crua imaginável.....
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Post by JP Vilela on Feb 10, 2014 15:22:57 GMT -5
Virgo:
Com aquilo que acabava de ouvir, tornou-se ainda mais inquieto. Sem poder se mexer, o que mais poderia fazer? Sentia-se um completo inútil. - Ttt... Tanith... Tanith, me.... Me desculp... me desculpe! – Agonizava. Não conseguiu salvar ninguém ali, e o pior, a besta deixou os dois para morrer, sangrando e agonizando.... era o que parecia. Não se importava mais com seus ferimentos, nem com a morte que se aproximava cada vez mais. Sentia ódio de si mesmo, sentia ódio da besta, sentia ódio de tudo!
Talvez se a entidade que o ajudou pudesse ter protegido a criança... mas agora parecia tarde de mais. Não havia mais nada a se fazer. Não iria ajudar Lunara a sair dali, não iria socar a cara daquele Orc idiota, não iria salvar Aurora e os outros presos na cidade dos Zoraks, não iria nem descobrir o motivo de ter acontecido tudo aquilo com eles.
Para que serviu a honra que ostentava ter? Para que serviu a espada que polia com orgulho e prendia em seu cinto? Estava cego de raiva.
Sua história ia acabar ali, como uma vitima, e não como um herói, como sonhava quando era pequeno. Com suas ultimas forças, soltou um urro revoltado com todo ar que restava em seus pulmões.
Não havia mais nada a ser feito.
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Post by moonlance on Feb 10, 2014 17:13:10 GMT -5
Virgo À sombra da inconsciência, você continuava a ouvir os ruídos agonizantes e baixinhos daquela que deveria ser Tanith - ela já tinha se 'aquietado' depois dos severos momentos iniciais; mas parecia que tentava dizer alguma coisa, mas não conseguia...! - provavelmente, ela tinha ouvido sua voz inúmeras vezes, e por isso veio até ali.....! Antes de desmaiar para o desconhecido, você só conseguiu ouvir um tremido e desesperado:
- V-V-F-Firrh... ko........! - Tanith o teria reconhecido, apesar de tudo...
STAND-BY
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Post by suwgamm on Feb 10, 2014 17:53:00 GMT -5
Petkas
O meio orc chegou ate o galho da coruja, se posicionou ao lado da mesma, com os joelhos dobrados, agachado, com uma mão segurando o tronco. coçou a sua cabeça enquanto olhava para a direção da construção.
-Você morá lá?-virou o rosto para a coruja - Se sim, você tem uns instrumentos de combate muito estranhos.-Passou a mão no queixo coçando a barba mal feita.
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Post by moonlance on Feb 10, 2014 18:09:30 GMT -5
Petkas - Não moro nessa residência. Dizia para a sua mente, a coruja. - Minhas garras servem muito pouco para combate.
A chuva oscilava entre forte e fraca, em meio à ventania e às trovoadas fortes. De repente, as luzes do interior do hall do chalet piscam, e se apagam. Você fica com ainda mais dificuldade para enxergar claramente o bosque sombrio, a coruja enorme, e a mansão a sua frente.
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Post by suwgamm on Feb 10, 2014 19:37:32 GMT -5
Petkas
O ser Cinza levantou uma das sobrancelhas, fitando a coruja, tentando entender o que ela estava dizendo. Ficou inquieto quando com a escuridão a sua frente, estava começando a não gostar daquela situação.
-A senhora consegue ver oque está acontecendo?No meio dessa escuridão? E o que este lugar que muda toda hora?- Sua Afobação aumentava, não somente com a negritude da noite, mas Nastasha o alertava da besteira que fizera em deixar um buraco aberto naquele chalet.
Concentrou todo o seu esforço na sua visão, tentava ver a todo custo o chalet, não tinha muita proximidade com aquela bela moça, mas não queria que outras pessoas saíssem ferido por suas ações, porque se não Nastasha ia ficar muito brava com ele.
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Post by moonlance on Feb 10, 2014 20:06:21 GMT -5
Petkas - Eu vejo; por isso fico aqui. Se não consegue enxergar direito, corre grande perigo. - Dizia a voz da coruja em sua mente, com uma simples sabedoria animal aparentemente. Então parou um pouco, e lhe respondeu, sempre com aquele mesmo ar: - O lugar não está mudando, o lugar está sendo consumido.
Mais enigmas como aquelas frases e sua cabeça iria explodir...! Você nunca foi de pensar muito - pelo que se lembra; no entanto, sentia que, se não adivinhasse o que aquela criatura estranha queria dizer com aquelas palavras todas, coisas ruins poderiam vir a ocorrer, a você e a todos os outros que você tinha encontrado antes - mas também Heinken... e, evidentemente, Nastasha....!! e até mesmo aquele sujeito misterioso, da voz serena, que há um tempo já não dava sinal de presença. Mas sua visão infelizmente não lhe permitia desbravar aquele tipo de escuridão; era algo muito estranho...! você sentia o ar estava denso, frio e pesado, e agora você conseguia perceber, aos poucos, a presença de brumas sombrias retorcidas, lá do fundo daquele feio e não convidativo bosque...! Mas a coruja, ela, era impassível a tudo isso pelo visto. Não parecia muito preocupada com a ansiedade que você começava a sofrer - se é que ela sequer tinha prestado atenção nesse detalhe. Talvez, como é uma ave que voa, ela não tinha do que se preocupar...! Inveja das aves você tinha!
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Post by suwgamm on Feb 11, 2014 21:12:24 GMT -5
Petkas
-Tem algo que posso fazer para impedir...hum... isso?-Falou tentando enxergar a coruja, com uma certa dificuldade.-...Bem tive uma visão com algo parecido- Sua perna direita começava a fazer um movimento repetitivo para cima e par abaixo, estava ansioso, não só pela escuridão, ou pelo futuro perturbador que estava começando a ser percebido pelo Petkas, ou ate mesmo todo o mistério em volta daquela criatura alada mas a chuva estava começando a deixar os eu corpo muito frio e aquela árvore não lhe dava uma proteção devida.
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Post by moonlance on Feb 11, 2014 23:16:58 GMT -5
Petkas - Já é tarde demais para reverter a perda do Domínio. Mas por que ninguém lhe avisou nada?- inquiria seriamente, aguardando sua resposta, até que a grande ave noturna olha com o canto dos olhos para seu torso, e lhe diz de repente: - Você carrega algo poderoso consigo. Quem lhe entregou?
Sem entender, você dava uma olhada em direção ao seu próprio peito, e via ali um colar de tiara de couro, prendendo um pequeno e bem polido cristal octaédrico de um azul vibrante - a mesma cor daquela água da fonte em que você tinha se banhado no Jardim antes deste último desaparecer...!
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Post by suwgamm on Feb 12, 2014 17:05:48 GMT -5
Petkas
O meio orc deu um sobressalto de susto quando viu o colar no seu pescoço, quase caindo do galho, no entanto se equilibrando nos instantes finais usando com maestria suas mãos e pernas, parecendo um grande macaco cinza.
- Como consegui isso?!?!?! - Sua expressão era de espanto, estava atônito olhando para o seu peito e os braços abertos para o alto - Você sabe senhor coruja? Será que foi o Mestre? - Quase arrancara o adorno com a sua mão, enquanto puxava com tudo para mostrar para a enigmática ave, grudando o pingente no bico do companheiro alado.
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Post by moonlance on Feb 12, 2014 17:28:02 GMT -5
Petkas Lentamente, a grande coruja reagia falando, impassível aos seus gestos brutos:
Não sei. E não sei. Mas pode ser que, quem anteriormente o carregasse, não estivesse apto, ou disposto, a possui-lo; desse modo, 'ele' buscou proteger quem corria o maior perigo no momento.
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